O secretário-geral da ONU pediu ao Conselho de Segurança que considerasse reforçar a força da CEDEAO na Guiné-Bissau.
As Forças Armadas guineenses consideram ser o Governo quem deve decidir se vale ou não a pena reforçar o contingente militar da CEDEAO na Guiné-Bissau, perante o delicado processo eleitoral em curso.
Trata-se de uma resposta ao relatório apresentado pelo Secretário-geral das Nações Unidas ao Conselho de Segurança no qual propõe o reforço do contingente da ECOMIB.
Enquanto se aguarda a reacção oficial do governo ao relatório do representante especial do Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, que pede o aumento do contingente em Bissau, o Estado-maior General das Forças Armadas veio hoje marcar a sua posição e colocar reservas sobre o assunto.
O brigadeiro-general, Dahaba Na Walna, porta-voz do Estado-Maior, que falava na ocasião de apresentação de quatro indivíduos que supostamente actuavam em nome dos militares no exercício das suas actividades ilícitas, nomeadamente assaltos à mão armada e agressões nocturnas, afirma que a matéria é da responsabilidade do Governo.
Daquilo que ainda se retira das suas palavras, na Walna deixou transparecer que o mandato da ECOMIB na Guiné-Bissau deve limitar-se a assegurar e proteger as instituições e seus titulares.
Dahaba Na Walna falava no dia em que o José Ramos-Horta, representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau apresenta ao Conselho de Segurança o mais recente relatório sobre a situação na Guiné-Bissau.
No documento o secretário-geral da ONU pede ao Conselho de Segurança que considere reforçar ECOMIB, força estacionária da CEDEAO na Guiné-Bissau, de modo a garantir segurança para o processo eleitoral em curso e para dar assistência às autoridades que vierem a ser eleitas.
O pedido de Ban Ki-moon acontece no meio de um crescente receio sobre o clima de insegurança que vai rodear estas eleições, que devem marcar o fim do período de transição.
Fonte: Voz da América (VOA)
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