O Presidente de São Tomé e Príncipe afirmou quarta-feira que existe com Portugal "cada vez maior convergência de pontos de vista" sobre as grandes questões internacionais, como aconteceu "na firme condenação do golpe de Estado na Guiné-Bissau".
"Entre os dois países existe uma cada vez maior convergência de pontos de vista sobre as grandes questões a nível internacional, o que tem permitido uma concertação ativa de posições, quer a nível bilateral, quer a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como aconteceu muito recentemente na firme condenação do golpe de Estado na Guiné-Bissau e nas iniciativas desenvolvidas em comum a esse propósito", disse o Presidente Manuel Pinto da Costa.
No discurso que proferiu no banquete que lhe foi oferecido pelo seu homólogo português, Aníbal Cavaco Silva, na Cidadela de Cascais, arredores de Lisboa, o chefe de Estado são-tomense acrescentou que "essa convergência, baseada em princípios e valores como os da liberdade e da democracia, tem permitido uma crescente afirmação do espaço lusófono no seio da comunidade internacional, com ganhos evidentes para cada um dos países que integram a CPLP".
Depois de sublinhar que "Portugal tem sido ao longo dos anos um parceiro fundamental no caminho para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe", Pinto da Costa referiu que as relações entre os dois países são "um bom exemplo de como é possível traduzir em ações concretas a amizade e os laços históricos que unem os seus povos".
O Presidente são-tomense regozijou-se com "esforço" desenvolvido pelo Estado português para manter os níveis de financiamento à cooperação com São Tomé e Príncipe, nomeadamente no âmbito do Programa Indicativo de Cooperação para o triénio de 2012/2015.
"São Tomé e Príncipe procurará nesse triénio estimular uma cooperação bilateral ainda mais ativa em áreas específicas como a saúde, a educação, a cultura, a justiça, a agricultura e a defesa nacional", precisou.
Manuel Pinto da Costa realçou que "Portugal é também um país de acolhimento de uma das maiores comunidades da diáspora são-tomense que, solidamente, está cada vez mais integrada na sociedade portuguesa".
Pinto da Costa, que foi Presidente de São Tomé e Príncipe desde a independência (1975) até à abertura do país ao multipartidarismo (1991), voltando a ocupar o cargo depois de vencer as presidenciais de agosto de 2011, lembrou que regressou agora a Portugal em visita de Estado "mais de 30 anos depois".
Muma mensagem de "solidariedade" aos portugueses, o chefe de Estado são-tomense declarou-se "convicto de que Portugal tem condições para ultrapassar esta crise, iniciando um novo ciclo de desenvolvimento económico".
Manuel Pinto da Costa iniciou na quarta-feira uma visita de Estado e privada a Portugal, a convite de Cavaco Silva, a qual se prolongará até ao dia 3 de agosto.
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