O velocista guineense, que recebeu um wild card da organização dos Jogos de Londres 2012, vai participar na prova dos 100 metros e lamenta a ausência da "referência" Francis Obikwelu.
Holder Ocante da Silva mal sabia o que eram blocos de partida quando, há sete anos, passou por Portugal. Hoje, o atleta está na Aldeia Olímpica, "orgulhoso" por representar a Guiné-Bissau nos Jogos de Londres, mas triste pela ausência de Obikwelu.
O Francis é o meu ídolo. Eu estava lá quando ele se lesionou. Tenho muita pena que ele não esteja cá", disse à Lusa o atleta da Guiné-Bissau, que vai correr os 100 metros, apesar de não ter alcançado mínimos, sendo um dos contemplados com wild cards para países sem atletas qualificados.
Holder da Silva vive em Portugal desde 2006, e atualmente representa o Belenenses, mas já seguia a carreira de Francis Obikwelu na Guiné, pela televisão. Em 2004, vibrou com a medalha de prata conquistada pelo português em Atenas e, "há seis ou sete anos" teve a oportunidade de conhecê-lo, tal como a Arnaldo Abrantes, o representante português nos 200 metros.
"Francis e o Arnaldo Abrantes são referências. Num estágio em que fui a Lisboa, em 2005, eu nem sabia montar nos blocos. Eles ofereceram-me uns ténis, as coisas de outro 'team' e quando cheguei à Guiné meti aquilo na cabeça. Apanhei uma bolsa olímpica, fui para o Senegal, consegui começar a correr em 10,70 e tal, cheguei a Portugal, comecei a correr com 10,45 e depois fiz 10,36, que é melhor marca que eu tenho", contou.
O seu melhor registo não chega ao mínimo B exigido pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF): "Estou aqui como recordista da Guiné e melhor atleta guineense. As pessoas apostaram em mim e vou dar o meu melhor", explicou o atleta de 24 anos.
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