O governo Ilegítimo de transição da Guiné-Bissau considera que a CPLP caminha "para um beco sem saída" ao manter a posição de não reconhecimento das autoridades de Bissau e critica Portugal por "suspender ajuda humanitária".
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniu-se na sexta-feira em cimeira de chefes de Estado e de governo, em Maputo, e defendeu a realização de uma reunião nas Nações Unidas para elaborar uma estratégia "abrangente" que permita restaurar "a ordem constitucional" na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado de abril.
A CPLP não reconhece as autoridades de Bissau, criadas na sequência do golpe militar de 12 de abril, e em Maputo esteve a representar o país o Presidente de transição deposto, Raimundo Pereira.
Hoje em Bissau o porta-voz do governo ilegítimo, Fernando Vaz, disse que a escolha pela CPLP de quem representaria o Estado da Guiné-Bissau foi "anti-estatutária" e ilegal e que a cimeira, ao pronunciar-se da forma habitual (de condenação e não reconhecimento) caminha "para um beco sem saída".
"Iremos continuar a nossa governação", com parceiros da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), União Africa e Nações Unidas, disse Fernando Vaz, prometendo abertura para dialogar com a CPLP quando a organização entender que estão reunidas as condições para ajudar o povo".
Fernando Vaz disse que o Governo tem conhecimento de "notícias dramáticas", de estados que chegaram ao ponto de suspender a ajuda humanitária à Guiné-Bissau, "caso de Portugal, que fez uma nota para as ONG portuguesas impedindo que enviem ajuda humanitária para o povo".
"O que pretende Portugal?, perguntamos nós", questionou Fernando Vaz, acrescentando que a posição do governo de transição é de abertura e de construir "estruturas e caminhos para o regresso à normalidade" para que a Guiné-Bissau viva em estabilidade e em paz.
"São esses os desígnios deste governo. Se a CPLP não vê nem entende isto, se se sobrepõe a posição de duas ou três pessoas face ao povo, a responsabilidade é só da CPLP, não é nossa", disse Fernando Vaz.
A Guiné-Bissau é gerida há dois meses por um governo Ilegítimo de transição, de um ano, na sequência do golpe de Estado que afastou o presidente interino, Raimundo Pereira, e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e candidato a Presidente da República, vencedor da primeira volta das eleições presidenciais. O golpe de Estado aconteceu na véspera do início da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições.
Lusa
Caminha pois! Já foi uma sorte os representantes do Barões terem sido recebidos pelos pares em Maputo. Pergunto-me até se os colegas os deixaram sentar-se à mesma mesa. Tenho a impressão que não. Não faltará muito para os embaixadores da GB já nem poderem apresentar acreditações em quaisquer outros países.
ResponderEliminarProbabilidades para a GB.
- os muçulmanos passam-se e fazem uma revolução árabe, matem uns milhares de cristãos e pagãos em Bissau e depois instauram a chária.
- os muçulmanos colocam barricadas na zona norte e instituem um governo indepoendentista e a chária
Que futuro tão risonho para os Barões!