Moscovo - Três dezenas de guineenses, que terminaram os cursos superiores na Rússia, não podem regressar à Guiné-Bissau, porque o Governo não envia o bilhete de regresso, declarou à Lusa, em Moscovo, um dos estudantes.
Carfa Mané fez uma licenciatura em Gestão de Empresas e uma pós-graduação em Contabilidade na Universidade de Voronej, cidade no sul da Rússia, mas afirmou desconhecer quando é que as autoridades da Guiné-Bissau vão enviar os bilhetes de avião para regressar ao país.
"Eu não estou sozinho nesta situação, há cerca de 30 estudantes em várias cidades russas: Voronej, Rostov no Don, Ulianovski, Ivanovo e Moscovo", sublinhou, em declarações telefónicas, à agência Lusa.
"Se não recebermos os bilhetes até 14 de Agosto, seremos expulsos das residências estudantis e entregues a nós próprios", acrescentou.
Carfa Mané disse que já entraram em contacto com o Governo e a embaixada da Guiné-Bissau em Moscovo, mas sem qualquer resultado visível.
"Uma adida da embaixada disse que ainda não chegou o dinheiro, nem os bilhetes para os finalistas, e nem sabe quando vai chegar", frisou.
"Cada bilhete de avião entre Moscovo e Bissau custa entre 28 e 30 mil rublos (700 a 750 euros , 1euro =AKZ 116,698) e nós não conseguimos arranjar tanto dinheiro para regressar", esclareceu.
Este problema repete-se todos os anos entre os estudantes guineenses que terminam os cursos.
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