Belo Horizonte — O esforço brasileiro para ajudar os países da África, especialmente a Guiné-Bissau — assumido como prioridade pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e encampado pela presidente Dilma Rousseff —, esbarra em turbulências políticas internas de países no lado ocidental daquele continente. Um exemplo é Guiné-Bissau, onde o Brasil investiu US$ 10,4 milhões ( cerca de R$ 20,8 milhões) em pelo menos 20 projetos sociais e de desenvolvimento econômico e institucional. Lá, todas as iniciativas estão suspensas em razão de um golpe militar promovido pelas forças armadas guineenses no dia 12 do mês passado. E mais grave: os revoltosos pretendiam ocupar o Centro de Formação das Forças de Segurança, construído para qualificar as polícias do país em projeto orçado em US$ 3 milhões, para transformá-lo em uma de suas bases militares.
O centro deveria ter sido inaugurado, com honra e pompas, em abril, mas a solenidade, que teria a presença de representante do governo brasileiro, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da UNODC (agência das Nações Unidas de combate às drogas e ao crime organizado), foi suspensa em razão da instabilidade política.
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