O segundo candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, pediu hoje à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para que retire a sua fotografia dos boletins de voto da segunda volta.
Em conferência de imprensa, o candidato, que deveria disputar a segunda volta mas que se recusa por considerar que a primeira foi fraudulenta, disse que mantém a decisão de não participar, apesar de não o ter comunicado oficialmente e por isso, segundo a CNE, ir disputar a segunda volta com o candidato mais votado, Carlos Gomes Júnior.
Kumba Ialá, acompanhado de Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa e Serifo Baldé, que com Afonso Té (ausente) formam o grupo de cinco candidatos que contestam as eleições, reafirmou que o grupo contesta a totalidade do processo eleitoral e exige a anulação das eleições, ainda que quer a CNE quer o Supremo Tribunal de Justiça tenham rejeitado tal pretensão.
Ialá disse também na conferência de imprensa que nos próximos 15 dias irá "formar e reforçar" as estruturas de base do seu partido (PRS), que "vai estar no terreno para ver quem avança para a campanha".
Questionado sobre se essa posição é uma ameaça afirmou: "nós já dissemos que não haverá campanha para ninguém, já afirmamos e repetimos várias vezes que não haverá campanha a nível nacional. Caso vier alguém a fazer campanha a responsabilidade será desse alguém e as consequências serão dessa pessoa, porque eles sabem que não há condições para que ninguém faça campanha".
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