(Seyllou/AFP) A União Africana anunciou nesta terça-feira a suspensão da Guiné-Bissau da organização e avisou que poderá adotar sanções contra os autores do golpe de Estado que levou à detenção dos principais responsáveis políticos do país.
A suspensão, com efeitos imediatos, irá vigorar “enquanto a ordem constitucional não for restabelecida”, anunciou o embaixador Ramtane Lamamra, responsável do Conselho de Paz e Segurança da organização, no final de uma reunião em Adis-Abeba, na Etiópia.
Segundo o responsável, a comissão propôs ainda que, “dada a frequência dos golpes de Estado na Guiné”, a comissão executiva da UA e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) devem discutir a imposição de sanções contra o autoproclamado comando militar. Em cima da mesa poderão estar a proibição de concessão de vistos e o congelamento de bens no estrangeiro dos militares golpistas e dos seus apoiantes civis.
A decisão da UA, que na semana passada tinha já condenado a intentona, surge horas depois de uma missão enviada pela CEDEAO a Bissau se ter reunido com o “comando militar”. Segundo o chefe da missão, Désiré Tagro Ouédraogo, os militares insistiram que pretendem um “regresso rápido à normalidade constitucional”, mas não se comprometeram a libertar os políticos que capturaram na noite do golpe, incluindo o Presidente interino, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior.
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