Cinco chefes de Estado da CEDEAO são esperados na próxima segunda-feiraem Bissau, para conversações com os militares autores do golpe, revelou o porta-voz do Comando Militar.
Os chefes de Estado da Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO) vão analisar os mecanismos para o retorno à normalidade constitucional na Guiné-Bissau.
"Os militares não podem afastar-se deste processo totalmente, até porque deve chegar ao país já na segunda-feira uma importante delegação da CEDEAO, composta por cinco chefes de Estado", disse Nah Walna, questionado sobre os próximos passos que o Comando Militar pretende encetar no processo da normalização da vida institucional da Guiné-Bissau.
A CEDEAO, tal como a União Africana, a organização da francofonia, a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), a União Europeia e as Nações Unidas exigem aos militares a devolução do poder aos órgãos civis democraticamente eleitos.
O Comando Militar (que reivindica a autoria do golpe) assinou hoje com 22 partidos (a maioria sem representação parlamentar) um acordo, mas sem a presença do PAIGC, o partido no poder até quinta-feira da semana passada, quando se deu o golpe.
O presidente da comissão da CEDEAO, Desiré Ouedreagou, chefiou, na passada segunda-feira, uma delegação composta por alguns ministros e chefes das Forças Armadas de três países da organização, à qual o Comando Militar prometeu a devolução do poder aos órgãos democraticamente eleitos, bem como a libertação do Presidente interino do país, Raimundo Pereira e do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Raimundo Pereira e Gomes Júnior continuam ainda detidos, em parte incerta.
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