O ministro da Defesa de Portugal José Pedro Aguiar-Branco.disse esta sexta-feira que a continuação da força militar portuguesa ao largo da Guiné-Bissau está a ser "avaliada" e que "neste momento" não se prevê a participação em qualquer operação internacional.
"A missão era a de, se necessário, proceder à evacuação de portugueses que assim o desejassem e de outras entidades. Neste momento há uma alteração no quadro porque foi reaberto o espaço aéreo, portanto está a ser avaliada e monitorizada a par e passo para que, caso seja necessário, se possa também alterar a própria missão", declarou José Pedro Aguiar-Branco.
O governante falava aos jornalistas no final de uma audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa Nacional, onde discutiu com os deputados a actual situação na Guiné-Bissau.
O ministro da Defesa não se comprometeu com uma data para o regresso a Portugal da Força de Reacção Imediata (FRI) portuguesa - composta por três navios e duas aeronaves -, sublinhando que essa avaliação está a ser feita "em função do que seja a evolução, quer do ponto de vista diplomático, quer das condições de terreno".
Aguiar-Branco notou no entanto que há "uma alteração que é significativa da reabertura do espaço aéreo" e que "altera a hipótese de saída de portugueses da Guiné".
"Esta operação era a de, num quadro de risco para a segurança de cidadãos portugueses, estar em condições de poder fazer a respectiva evacuação se ela se tornasse necessária, em nenhuma circunstância nós iriamos permitir que havendo uma situação de risco Portugal não tivesse a capacidade de responder no momento e na hora certa para essa possibilidade de evacuação", frisou.
O governante referiu que esse objectivo do Governo português foi "assegurado" e "deu tranquilidade cá e também aos cidadãos portugueses que se encontram na Guiné-Bissau".
"Esse foi, é, e mantém-se como o objectivo da missão, é evidente que ela é avaliada a par e passo e dessa avaliação pode resultar uma alteração", acrescentou.
Questionado sobre a eventual participação de Portugal numa força internacional, o ministro português notou que a missão que em curso "está claramente definida para esta operação, que é de eventual evacuação num quadro permissivo de cidadãos portugueses que desejassem ser evacuados da Guiné".
"É essa a única missão que está em cima da mesa e mais nenhuma neste momento", acrescentou.
Já sobre a decisão da CEDEAO de enviar uma força com cerca de 500 militares (da Nigéria, Togo, Costa do Marfim e Senegal) para a Guiné-Bissau, Aguiar-Branco respondeu que esse é "um factor que também será objecto de análise na avaliação global" que é feita.
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