quinta-feira, 19 de abril de 2012

Paulo Portas pede força internacional e sanções contra autores do golpe

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu hoje no Conselho de Segurança o envio de uma força internacional de estabilização para a Guiné-Bissau, com mandato da ONU, e sanções para os autores políticos e militares do golpe de Estado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu hoje no Conselho de Segurança o envio de uma força internacional de estabilização para a Guin´Bissau, com mandato da ONU, e sanções para os autores políticos e militares do golpe de Estado.


Numa intervenção na reunião em curso no Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau, o ministro concluiu falando em português, "para ser claramente entendido em Bissau", sublinhando que "a comunidade internacional "fala a uma só voz ao condenar veementemente o golpe executado por alguns militares" no passado 12 de Abril.


"A solução para esta crise passa, incondicionalmente, pela libertação dos responsáveis políticos ilegalmente detidos, pela plena reposição da ordem constitucional, e pela conclusão do processo eleitoral internacionalmente reconhecido como transparente e livre", afirmou.


"Aqueles que persistirem na execução de acções inconstitucionais, bem como aqueles que activamente os apoiarem, serão alvo de medidas restritivas e deverão ser responsabilizados", adiantou.
Portas recorreu ao crioulo "Nó i'stamus djuntus", para sublinhar a unidade internacional em torno da Guiné-Bissau.


Entre os meios ao dispor da ONU, Portas defendeu o estabelecimento de uma missão de estabilização mandatada pelas Nações Unidas, com contingentes militares de países da CPLP, CEDEAO e União Africana, e também "medidas restritivas" contra os autores do golpe, como a "interdição de viagens e congelamento de bens".


"No entanto, saberemos distinguir entre os que persistem na ilegalidade e os que se arrependem", afirmou.


"A União Eupeia, para além de suspender a cooperação com a Guiné-Bissau, está pronta a aplicar sanções àqueles que continuam a obstruir a paz, a segurança e o normal funcionamento das instituições constitucionais. Apelamos a este Conselho para que considere medidas similares", disse o ministro.

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