PAIGC - Comunicado da Comissão Permanente do Bureau Politico
"Face a intenção deliberada de alguns sectores políticos e militares, nomeadamente o porta-voz do Comando Militar, de induzir o povo guineense e a opinião publica nacional e internacional a acreditar que o PAIGC auto excluiu-se do processo de criação das estruturas de transição politica na Guiné-Bissau;
A Direção Superior do PAIGC vem clarificar o seguinte:
1 - Desde o golpe militar que na realidade e um golpe de Estado, o PAIGC condenou veementemente este ato e deixou claro que rejeita toda e qualquer proposta ou solução extra democrática e anti constitucional, nomeadamente as que visam a constituição de um Conselho Nacional de Transição;
2 - O PAIGC chamou atenção, igualmente, para as manipulações politicas, maquiavelismo subjacentes, bem como para a tentativa de usurpação do poder sem legitimidade democrática, tendo reiterado, sem equivoco, que não abdicava das suas conquistas democráticas, que alias são de todo o povo guineense, a favor de partidos políticos tristemente celebres e especialistas em governos de transição, unidade nacional e nas cartas politicas de transição;
3 - Assim sendo, o PAIGC enquanto partido com legitimidade popular, no poder de forma coerente, reafirma perante os guineenses e a comunidade internacional que não pode, em nenhuma circunstância participar ou associar-se a procedimentos inconstitucionais e nem reconhece a entidade que anima as reuniões entre o Comando Militar e alguns micro partidos e condena com toda a veemência e vigor as vergonhosas encenações teatrais que culminaram com a assinatura no dia 18 de abril de um pretensioso Acordo para Estabilização e Manutenção da Ordem Constitucional e Democrática.
4 - O PAIGC instrui o seu Governo legitimo para ordenar a todos os funcionários públicos, responsáveis de projetos e outras instituições publicas a não obedecerem as ordens ou instruções de quaisquer entidade que não sejam as resultantes do sufrágio exercido pelo povo guineense, em pleno exercício do poder democrático.
Bissau, 19 de abril de 2012
A Comissao Permanente
Augusto Olivais"
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