Bissau - O presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), Manuel Correia, afirmou sexta-feira, em Bissau, que o sector da educação é o elemento prioritário da cooperação entre Portugal e a Guiné-Bissau.
Manuel Correia falava no acto de assinatura de dois protocolos de cooperação rubricados entre o IPAD e o ministério da Educação da Guiné-Bissau, orçados em 5,5 milhões de euros.
As verbas destinam-se a financiar projectos de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau, 4,6 milhões de euros, e o "Djunta Mon" (palavra em crioulo que quer dizer Sinergia), que tem como finalidade 'Um Ensino de Qualidade em Português', com um envelope de 1 milhão de euros.
Os dois projectos serão executados no triénio 2009/2012.
Segundo o presidente do IPAD, por considerar o sector da educação "uma jóia da coroa" da cooperação com a Guiné-Bissau, Portugal está presente em todos os níveis do ensino neste país africano lusófono, nomeadamente do primário ao universitário.
No entanto, Manuel Correia sublinhou que a presença portuguesa no sector do educativo na Guiné-Bissau não pode ser vista como "qualquer pretensão" de substituir as autoridades guineenses, mas sim, frisou, "uma forma de ajudar".
"Estamos aqui para ajudar a Guiné-Bissau", disse Manuel Correia, destacando igualmente a concordância de Portugal em relação ao repto lançado pelo ministro da Educação da Guiné-Bissau, Artur Silva, no sentido de haver mais coordenação dos apoios que o país recebe para o sector do ensino.
Por seu turno, o ministro da Educação guineense, que também tutela a pasta da Ciência, Cultura, Juventude e Desporto, enalteceu a importância dos apoios de Portugal, assinalando que "não é todos os dias" que a Guiné-Bissau recebe cerca de seis milhões de euros "numa assentada para o apoio à Educação".
Artur Silva destacou, porém, que o governo entende ser urgente a racionalização dos meios e dos recursos, pelo que irá apostar na coordenação dos apoios que o país recebe ao nível da Educação.
O governante diz contar com a compreensão de Portugal, país que afirmou estar na "linha da frente" nos esforços para a melhoria do ensino na Guiné-Bissau.
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