domingo, 1 de novembro de 2009

Países deveriam ajudar mais a Guiné-Bissau

Países deveriam ajudar mais a Guiné-Bissau, afirma Angola

Bissau, 31 out (Lusa) – O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Angola, em Bissau, defendeu neste sábado que a comunidade internacional deve ajudar mais a Guiné-Bissau e particularmente as Forças Armadas para que o país possa se estabilizar.

No fim da visita de três dias à Guiné-Bissau, o general Francisco Furtado afirmou que Angola, como membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA), tem a “responsabilidade de contribuir para ajudar a estabilizar a Guiné-Bissau”.

“A Guiné-Bissau, após as eleições realizadas recentemente, merece uma atenção especial da comunidade internacional, muito particularmente dos países de língua portuguesa e Angola, como membro da CPLP e como parte integrante da União Africana, tem também a responsabilidade de contribuir para que a Guiné-Bissau tenha essa estabilidade permanente” defendeu.

Para Furtado, uma das formas de ajudar a Guiné-Bissau é apostar na estabilização e fortificação do exército para que possa cumprir as suas obrigações constitucionais.

“O esforço que está a ser feito pelos militares guineenses só pode ter resultado se contar com a contribuição efetiva da comunidade internacional em geral”, destacou.

Nesse âmbito, Angola vai apoiar a formação dos militares guineenses, de soldados a oficiais generais, que poderão beneficiar de cursos nas escolas militares em Angola e na Guiné-Bissau.

Um acordo nesse sentido será assinado brevemente pelos ministros da Defesa dos dois países, documento que será ratificado pelos respectivos parlamentos, explicou ainda o Chefe das Forças Armadas angolanas.

Formação específica de militares de todos os ramos do exército guineense, transmissão de conhecimentos no domínio da tecnologia militar, formação no campo do desporto e cultura para os soldados, são entre outras, as áreas de futuras acções de cooperação entre as Forças Armadas de Angola e da Guiné-Bissau.

Por outro lado, Angola quer transmitir à Guiné-Bissau a sua experiência em relação à reinserção de ex-soldados na vida civil, no âmbito do programa de reforma das Forças Armadas guineenses.

“Nós, os militares temos o hábito de ser práticos, por essa razão, num curto espaço de tempo de visita, produzimos um conjunto de ideias que vão contribuir para o fortalecimento das relações entre os nossos dois Estados”, declarou o general.

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