Bissau - O FBI vai enviar brevemente à Guiné-Bissau um investigador judicial para ajudar as autoridades guineenses nas investigações aos assassínios do ex-Presidente João Bernardo 'Nino' Vieira e do ex-chefe das Forças Armadas, anunciou hoje (quinta-feira) a Procuradoria-geral da República.
Uma nota de imprensa do gabinete do novo Procurador-geral guineense, Amine Saad, dá conta dessa disponibilidade do FBI manifestada quarta-feira ao procurador pelo chefe da delegação da polícia federal americana para a África Ocidental.
Thomas Relford reuniu-se com Amine Saad para lhe comunicar, entre outras coisas, a disponibilidade do FBI em enviar um magistrado judicial para apoiar as investigações aos assassínios de 'Nino' Vieira e Tagmé Na Waié, ambos mortos no dia 01 e 02 de Março, respectivamente, em circunstâncias ainda por esclarecer.
Na mesma reunião entre Amine Saad e Thomas Relford, estiveram presentes elementos do Comando Americano para África (Africom).
Além do apoio judicial, o responsável do FBI fez com o novo procurador guineense um ponto da situação em relação ao crime organizado, o narcotráfico e o branqueamento de capitais na Africa ocidental.
Thomas Relford adiantou que os Estados Unidos irão continuar com os apoios à Guiné-Bissau na luta contra esses flagelos.
Em resposta às informações e promessas de apoios do FBI e Africom, o procurador Amine Saad pediu formação, capacitação e especialização dos magistrados do Ministério Público bem como agentes da Polícia Judiciária para que possam melhor lidar e combater o crime organizado no país.
"Só com homens preparados poderemos combater a corrupção, o narcotráfico, branqueamento de capitais e outros crimes da sociedade guineense", defendeu Amine Saad.
De acordo com o Procurador-Geral da Guiné-Bissau, as novas autoridades políticas do país, designadamente o Presidente Malam Bacai Sanhá, "estão empenhadas em inverter a situação, restituindo dignidade ao país".
Em relação aos assassínios do ex-presidente 'Nino' Vieira e do ex-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, o novo procurador guineense afiançou aos responsáveis americanos a sua determinação em descobrir a verdade sobre as mortes das duas figuras.
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