Destak/Lusa
A cooperação portuguesa concluiu hoje em Bissau a formação de 115 polícias e guardas e prepara já um novo curso de formação profissional para setembro, segundo José Luís Lopes Pereira, do Ministério da Administração Interna.
Oficial de ligação com o Ministério do Interior da Guiné-Bissau junto da Embaixada de Portugal na capital guineense, o responsável salientou hoje que pela primeira vez a cooperação portuguesa apoiou a formação para as várias estruturas da Guarda Nacional, da Polícia Marítima à Guarda Fiscal ou de Florestas.
Também pela primeira vez foram formados 24 elementos simultaneamente em investigação criminal e que serão futuros formadores, disse José Luís Lopes Pereira na cerimónia de fim de curso.
Na cerimónia os novos formandos da Polícia de Ordem Pública (POP) e Guarda Nacional (GN) já se apresentaram com novo fardamento, oferecido por Portugal através do IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento), que também distribuiu manuais de formação e forneceu refeições diárias, mais de cinco mil de acordo com o responsável português.
Octávio Alves, secretário de Estado da Segurança Nacional e Ordem Pública da Guiné-Bissau, salientou o facto de esta ter sido a primeira grande ação de formação deste ano realizada por Portugal apesar das restrições orçamentais do país.
Trata-se de “uma demonstração inequívoca do empenho das autoridades portuguesas nos objetivos do projeto e no processo de reestruturação e modernização do setor da segurança”, disse Octávio Alves, garantindo que o governo da Guiné-Bissau está empenhado em levar a cabo a reforma das forças de segurança.
Ainda na quarta-feira Octávio Alves tinha deixado a mesma promessa na apresentação dos resultados de uma reunião sobre o modelo ideal de polícia para a Guiné-Bissau, durante a qual se discutiu, nomeadamente, se é benéfico o país ter duas forças de segurança, a POP e a GN.
Antero Lopes, diretor do setor de reforma de segurança do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, disse também na altura que, decorrido um ano da aprovação das leis orgânicas das forças de segurança “há francos atrasos” na implementação das reformas.
“O processo de reforma está a ser lento. O processo de implementação devia de ter sido mais rápido. Há dificuldades, há problemas, temos de assumir”, reconheceu Octávio Alves.
Na cerimónia de hoje o secretário de Estado prometeu mais formação para outras estruturas do Ministério, designadamente para os Bombeiros Humanitários da Guiné-Bissau.
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