Bissau- A oposição da Guiné-Bissau adiou para sexta-feira a marcha pacífica de hoje «para permitir ao Presidente terminar as consultas» sobre a exigência de demissão do primeiro-ministro, disse Vitor Pereira do Partido da Renovação Social (PRS).
"Em resposta ao pedido que nos foi feito pelo Presidente, e como bons democratas que somos, respeitadores da lei, decidimos adiar a marcha de hoje para sexta-feira, à mesma hora e com o mesmo trajecto", indicou Vitor Pereira, da direcção do PRS, principal força política da oposição parlamentar guineense.
O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, tem desenvolvido uma série de contactos com partidos com assento parlamento, outros órgãos de soberania, sociedade civil e corpo diplomático, para tentar encontrar uma saída para a crise política, desencadeada pela oposição que exige a demissão do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Liderada pelo PRS, o antigo Presidente guineense Kumba Ialá, a oposição, agrupada no chamado "colectivo democrático", exige a demissão de Carlos Gomes Júnior e que este responda perante a justiça pela morte de dirigentes do país, alegadamente assassinados em 2009.
Em várias ocasiões, Carlos Gomes Júnior disse que não se demite e pediu ao procurador-Geral a abertura de um inquérito sobre as acusações de que tem sido alvo pela oposição, que já realizou duas manifestações.
Desconhece-se a posição do chefe de Estado guineense. Malam Bacai Sanhá convocou para hoje a reunião do Conselho de Estado.
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