Bissau, Guiné-Bissau, 29 Ago – A Guiné-Bissau vai exportar este ano 174 mil toneladas de caju, um recorde do principal produto do país e que deverá render 226 milhões de dólares, disse sexta-feira em Bissau o presidente da Comissão Nacional do Caju (CNC).
A campanha do caju iniciou-se em Março passado e a exportação um mês depois mas os números deverão rondar os avançados por André Nanque, que destacou o facto de este ano ter sido também o de melhor preço para o produtor (uma média de 333 francos CFA por quilo, cerca de 50 cêntimos).
“No preço de exportação conseguimos atingir 1600 dólares por tonelada, embora a média esteja nos 1300 dólares”, disse o presidente da CNC, sublinhando que no ano passado a Guiné-Bissau exportou 122 mil toneladas, um pouco mais em 2009, chegando às 135 mil toneladas, e não passando das 109 mil em 2008.
Na base do sucesso da presente campanha estiveram “as boas condições atmosféricas” mas também os preços elevados, a fraca produção de outros países e a instabilidade na Costa do Marfim, o maior produtor de África, com quase 400 mil toneladas anuais, segundo o responsável.
A importância de um bom ano é fundamental para a Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo e cuja economia assenta essencialmente na castanha do caju.
Por falta de capacidade e de investimentos no sector, a Guiné-Bissau exporta quase toda a castanha de caju em bruto, já que nem 15% consegue processar.
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, André Nanque disse que o Estado vai arrecadar este ano 14 milhões de dólares só em receitas alfandegárias com a exportação de caju, que até Dezembro deverá ter o Instituto Nacional do Caju.
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