A Guiné-Bissau está numa via séria e determinada de resolução dos seus problemas, disse à Rádio ONU o embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, José Filipe Moraes Cabral. A comunidade internacional apoia a reforma da defesa e segurança no país, que, nos últimos anos, foi marcado pela instabilidade e crises políticas recorrentes devido a tensões entre as lideranças civil e militar.
O diplomata português disse que os processos de reforma devem ser acompanhados do desenvolvimento econômico e social, defendendo que “a resolução dos problemas guineenses nunca poderá ser eficaz sem a abordagem de questões como drogas e a impunidade.”
“Quer no Conselho de Segurança, quer no âmbito da Comissão de Consolidação de Paz– presidida exemplarmente pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti (do Brasil) – temos insistido na necessidade de não descuidar do apoio econômico e social e dos investimentos para sustentar o processo de reforma do setor de segurança. Uma das questões pendentes aí é o emprego dos jovens, que, sem perspectivas de vida ou de trabalho, ficam vulneráveis a outro tipo de atividades ilícitas”, apontou.
Apesar de reafirmar que compete aos guineenses “resolverem os seus problemas”, José Filipe Moraes Cabral apreciou o processo de reestruturação do aparelho militar guineense, sublinhando o que considerou “empenho de Angola”, que assume a presidência rotativa do bloco dos países de expressão portuguesa.
Fonte: ONU
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