Bissau - Familiares do Procurador-geral da República assassinado em 1999, Nicandro Pereira Barreto, solicitam publicação do relatório da Polícia Judiciária portuguesa (PJ) sobre circunstâncias do seu homicídio.
Os familiares do antigo Procurador-geral da República (PGR) da Guiné-Bissau, Nicandro Pereira Barreto, assinalam anualmente a data da sua morte, enviando ao Ministério Publico uma carta para exigir a realização efectiva da justiça sobre o caso.
O assassinato desta figura do Estado guineense ocorreu em Agosto de 1999, altura em que se sentiam ainda pressões da guerra de 7 de Junho de 1998. O homicídio aconteceu no interior da sua residência, onde o PGR foi alvo de um disparo.
Este ano marca o décimo segundo aniversár
io da sua morte. Os familiares de Nicandro Pereira Barreto solicitam, uma vez mais, que as autoridades judiciais guineenses tornem públicas as conclusões do inquérito e das investigações que foram efectuadas e que se encontram no relatório disponibilizado pela Policia Judiciaria portuguesa.
Este documento é endereçado ao novo Procurador-geral da República, Edmundo Mendes, contendo elementos suficientemente esclarecedores das circunstâncias e dos autores do assassinato de Nicandro Barreto.
Para os familiares do antigo Procurador-Geral da República, a impunidade e ausência da justiça, não deverão constituir uma fatalidade no país, salientado que as instituições do Estado têm a obrigação de assegurar a protecção e defesa de vida e da integridade física dos cidadãos.
Face a esta observação, os familiares afirmam que não abdicarão do seu direito de testemunhar a realização da justiça, através da tradução em juízo dos autores morais e materiais do crime. Passados doze anos, não se registaram movimentações da justiça sobre este caso.
Lassana Cassama
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