Bissau - O PRS, maior partido da oposição na Guiné-Bissau, classifica a remodelação do governo anunciada sexta-feira como "uma operação de charme" que apenas serve para "enganar o povo guineense".
"Não muda nada e nem vai mudar nada", disse à Lusa Sori Djaló, presidente interino do Partido da Renovação Social (PRS).
O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, remodelou o governo na sexta-feira, exonerando os ministros da Administração Territorial e da Solidariedade Social e mudando também os titulares de outras pastas.
Entre outras mudanças, Fernando Gomes, que era ministro da Função Pública, passa a ocupar o cargo de ministro do Interior. E da Defesa saiu Ocante da Silva, passando o cargo a ser ocupado por Baciro Dja, que já tinha sido ministro da Juventude no primeiro executivo saído das eleições legislativas de 2009.
No entender de Sori Djaló, tratou-se de uma "operação de cosmética".
"O primeiro-ministro está a obedecer à lógica do diálogo de surdos e mudos. Porque quando falamos de injustiça e impunidade ele fala de construção de estradas, de pagamentos de salários ou de remodelação governamental", disse Sori Djaló. Os partidos da oposição têm insistido na demissão de Carlos Gomes Júnior e que este seja julgado em tribunal sobre as mortes dos deputados Hélder Proença e Baciro Dabó, em 2009.
A oposição acusa o primeiro-ministro de envolvimento e quer que Carlos Gomes Júnior seja ouvido pela Justiça.
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