O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, reuniu-se ontem com cerca de 30 engenheiros agrónomos para debater a forma de aumentar a produção nacional de arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.
José Mário Vaz quis ouvir os técnicos sobre a forma de o país poder aumentar a produção, deixando de importar as cerca de 150.000 toneladas de cereal por ano.
Em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas de arroz e importa cerca de 150 mil que custam aos cofres do Estado 60 milhões de euros.
No entanto, devido à fraca precipitação deste ano, o país conhecerá um défice de cerca de 200 mil toneladas, assinalou Rui Nené Djatá, diretor dos Serviços de Engenharia Rural do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
O Presidente guineense "tem uma visão" e quer discutir com os técnicos "uma estratégia" que vise promover a produção do arroz "aqui no país", disse Nené Djatá salientando que a estratégia de José Mário Vaz assenta no setor privado.
Ao explicar o défice de arroz em perspetiva, o responsável do Ministério da Agricultura disse que grande quantidade do cereal que é produzida pelos camponeses guineenses surge em campos de água salgada.
"O arroz de água salgada é muito sensível e quando não há agua [das chuvas] então a produção sofre consideravelmente", assinalou Rui Nené Djatá.
O Presidente guineense quer que os técnicos se envolvam na produção do arroz durante todo ano, isto é, sem ser apenas durante a época das chuvas como é regra na Guiné-Bissau.
José Mário Vaz "está a pensar na produção de arroz irrigado, na época seca", concluiu Nené Djatá.
@Lusa
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