COMUNICADO DE IMPRENSA
Líderes africanos comprometem-se a acabar com a fome até 2025 através de investimentos na agricultura
Os cidadãos africanos não podem prosperar apenas com base em declarações de esperança em cimeiras - Dr. Nkosazana Dlamini-Zuma
ADDIS ABABA, Ethiopia, August 11, 2014/ -- Com a assinatura da Declaração de Malabo na 23.ª Sessão Ordinária da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, no mês passado, os líderes africanos concordaram, de forma unânime, em acabar com a fome e cortar a pobreza para metade até 2025.
“É essencial acelerar o crescimento para que todos os cidadãos africanos alcancem as suas ambições de prosperidade”, afirmou o presidente da UA, o Exmo. Dr. Nkosazana Dlamini-Zuma (http://www.au.int). “Está na altura de os chefes de estado colocarem a agricultura no topo das agendas de desenvolvimento nacional e tomarem a iniciativa para um caminho definitivo de desenvolvimento para as suas populações. É possível alcançar a prosperidade, só depende de nós.”
Na cimeira, os líderes africanos estabeleceram um compromisso com novas prioridades, estratégias e objetivos concretos relacionados com o crescimento impulsionado pela agricultura, de forma a atingir a segurança alimentar e nutricional para a prosperidade partilhada das suas populações. Tendo como base o desempenho de crescimento positivo de muitos setores agrícolas nos últimos anos, os novos objetivos motivarão os governos a criarem mais rapidamente um ambiente com políticas e infraestruturas em que a agricultura possa prosperar e criar oportunidades de rendimento a todos os níveis.
Todos concordaram especificamente em:
• Voltar a empenhar-se no processo do Programa Compreensivo de Desenvolvimento da Agricultura Africana (CAADP)
• Aumentar o investimento público e privado na agricultura
• Acabar com a fome em África até 2025
• Reduzir a pobreza para metade até 2025, através do crescimento e transformação agrícolas inclusivos
• Reforçar o comércio intra-africano a nível de produtos base e serviços agrícolas
• Melhorar a resiliência dos meios de subsistência e dos sistemas de produção em relação às alterações climáticas e a outros riscos associados
• Comprometer-se com a responsabilização mútua quanto a ações e resultados
Através do CAADP, a União Africana irá estimular e medir o progresso de forma que os países, e os respetivos líderes, sejam responsabilizados pelos resultados. A declaração comprometeu os líderes africanos a submeterem-se a um processo sistemático e regular de revisão, com base no Quadro de Resultados do CAADP. Os líderes exigiram ainda o delineamento imediato de uma estratégia e de um plano para a implementação destes compromissos.
“Apesar de o seu compromisso coletivo ser importante, está na altura de passar das palavras às ações e de os líderes políticos africanos agirem. Os cidadãos africanos não podem prosperar apenas com base em declarações de esperança em cimeiras”, afirmou o Dr. Nkosazana Dlamini-Zuma.
A agricultura é a solução para os problemas de desenvolvimento social e económico a longo prazo em África, que incluem a segurança alimentar, desemprego jovem, desigualdade entre sexos e alterações climáticas.
“Um setor agrícola sólido gerará emprego e crescimento económico, o que significa postos de trabalho e rendimentos para os cidadãos africanos” acrescentou a Comissária da UA para a Economia Rural e a Agricultura, a Exma. Rhoda Peace Tumusiime. “Mas é essencial que tanto o setor público como o privado invistam na agricultura.”
Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da Comissão da União Africana.
Para mais informações, contacte:
Boaz Blackie Keizire
Diretor da Agricultura e Segurança Alimentar
União Africana
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