A maior epidemia do vírus Ébola, nos 40 anos de história desta doença, já fez 932 mortos em 1603 casos. Os países atingidos são a Guiné-Conacri, a Libéria e a Serra Leoa. Mas a Guiné-Bissau já lançou um SOSpara reposição do “stock” de medicamentos, tendo em vista o programa de emergência para a epidemia naÁfrica Ocidental.
Portugal respondeu imediatamente ao pedido e vai enviar 15 toneladas para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção.
Nos países afetados não há estruturas adequadas e as populações continuam a esconder os que estão infetados, como explica Sylvain Baize, responsável do Instituto Pasteur: – Se as populações aceitarem ir ao hospital quando estão doentes, se aceitarem que os pacientes sejam recolhidos em casa e que os levem para o hospital para serem tratados, a epidemia termina rapidamente. O problema é que as pessoas não querem aceitar estas medidas e escondem-se, ou então as próprias famílias vão buscá-las aos hospitais para as levarem para casa e contribuem para a continuação da transmissão do vírus.
Foco inicial do vírus, a Guiné-Conacri pagou um pesado tributo, desde o início do ano, mas a situação parece ter estabilizado em várias regiões afetadas. Pelo contrário, a Libéria e a Serra Leoa são consideradas, desde junho, epicentro da epidemia.
A importação do vírus na Europa é teoricamente possível, mas o risco é fraco, graças ao controlo e vigilância nos aeroportos.
Portugal respondeu imediatamente ao pedido e vai enviar 15 toneladas para apoiar a Guiné-Bissau na prevenção.
Nos países afetados não há estruturas adequadas e as populações continuam a esconder os que estão infetados, como explica Sylvain Baize, responsável do Instituto Pasteur: – Se as populações aceitarem ir ao hospital quando estão doentes, se aceitarem que os pacientes sejam recolhidos em casa e que os levem para o hospital para serem tratados, a epidemia termina rapidamente. O problema é que as pessoas não querem aceitar estas medidas e escondem-se, ou então as próprias famílias vão buscá-las aos hospitais para as levarem para casa e contribuem para a continuação da transmissão do vírus.
Foco inicial do vírus, a Guiné-Conacri pagou um pesado tributo, desde o início do ano, mas a situação parece ter estabilizado em várias regiões afetadas. Pelo contrário, a Libéria e a Serra Leoa são consideradas, desde junho, epicentro da epidemia.
A importação do vírus na Europa é teoricamente possível, mas o risco é fraco, graças ao controlo e vigilância nos aeroportos.
Sylvain Baize – O vírus Ébola não tem potencial pandémico; há uma contaminação, uma transmissão de pessoa para pessoa. O risco de transmissão em países afastados da zona da epidemia, é muito limitado.
Podemos, eventualmente, ter um caso de importação, em França, por exemplo, mas tudo foi feito para evitar uma transmissão secundária no país. Estou mais preocupado com os países limítrofes dos que estão afetados atualmente, onde as fronteiras terrestres podem permitir a transmissão da epidemia a outros países.
Podemos, eventualmente, ter um caso de importação, em França, por exemplo, mas tudo foi feito para evitar uma transmissão secundária no país. Estou mais preocupado com os países limítrofes dos que estão afetados atualmente, onde as fronteiras terrestres podem permitir a transmissão da epidemia a outros países.
De momento, não há tratamento nem vacina contra o vírus do Ébola. Há protocolos experimentais que estão a ser testados, nomeadamente nos dois pacientes americanos afetados e repatriados de África. O cocktail de anticorpos foi nmeado ZMapp.
Sylvain Baize – É um tratamento baseado na mistura de anticorpos monoclonais, anticorpos que são produzidos e capazes de neutralizar o vírus, ou seja, impedi-lo de penetrar nas células e infetar novas células. É um tratamento muito experimental, até agora só tinha sido testado em primatas, mostrou eficácia nos primatas, mas só quando foi administrado imediatamente depois da infeção. É preciso manter a cabeça fria, no sentido de que estes médicos estão a receber o tratamento muito depois de contraírem a infeção e não no momento em que podia ainda ser ativo.
O serum experimental suscitou muita esperança nos países afetados pelo vírus. Mas os cientistas aconselham prudência.
Sylvain Baize – Podemos compreender porque é que estes médicos aceitaram receber o tratamento; deram o consentimento explícito para não haver dúvidas. Mas parece-me muito mais delicado utilizar este tratamento nas populações afetadas, já que estes estudos são muito preliminares.
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