Lusa- O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, inicia hoje uma visita de trabalho de três dias ao Senegal, onde vai reunir-se com embaixadores de vários países para explicar a situação do país e pedir apoios.
Segundo uma fonte do gabinete do chefe do Governo, Carlos Gomes Júnior vai a Dacar no âmbito de uma "ampla ofensiva diplomática" que as autoridades de Bissau decidiram levar a cabo para explicar aos parceiros sobre a real situação do país e pedir apoios.
Neste momento encontra-se na Europa uma missão mandatada pelo presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Quetá, com o objectivo de manter contactos com os responsáveis de seis países europeus. A missão já foi recebida pelas autoridades portuguesas, devendo manter encontros com os responsáveis de Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e na sede da União Europeia em Bruxelas.
A ofensiva diplomática do Governo de Bissau foi decidida pelo presidente Bacai Sanhá na sequência das ameaças feitas pela União Europeia de decretar sanções económicas e políticas à Guiné-Bissau por desrespeito pelos acordos de Cotonou.
Bissau pretende que as missões chefiadas por Adelino Mano Quetá e por Carlos Gomes Júnior expliquem aos países amigos e parceiros da Guiné-Bissau que, apesar da intervenção militar de 01 de Abril de 2010, alguns avanços têm sido registados na condução do país.
De acordo com a fonte do gabinete do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior irá encontrar-se com os embaixadores acreditados na Guiné-Bissau, mas residentes no Senegal, aos quais vai explicar os desafios que o Executivo enfrenta e o que espera da ajuda internacional.
Na perspectiva da presidência e do Governo guineenses, ao invés de qualquer sanção contra o país, os parceiros deviam ajudar a consolidar as conquistas já alcançadas e apoiar as várias reformas em curso, nomeadamente no sector de defesa e segurança, refere a mesma fonte.
Acompanham o primeiro-ministro, os ministros da Economia e da Defesa, Helena Embaló e Aristides Ocante da Silva, bem como o secretário de Estado da Cooperação Internacional, Lassana Turé.
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