Bissau - Os embaixadores do Brasil e da África do Sul prometeram ao Presidente da Guiné-Bissau que tudo farão ao nível das Nações Unidas para ajudar aquele órgão a compreender a necessidade de se apoiar o país.
Jorge Geraldo Kadri, embaixador do Brasil, e Lulo Aron Mnguni, embaixador da África do Sul, foram recebidos hoje, em audiências separadas, pelo Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, no quadro de consultas que o responsável está a realizar nos últimos dias com representantes da comunidade internacional acreditados em Bissau.
Os dois diplomatas disseram à imprensa que tinham prometido ao Presidente guineense que a Guiné-Bissau terá todo o apoio dos seus respectivos países ao nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde ambos são membros não permanentes.
"O Presidente pediu-nos que o Brasil ajudasse a Guiné-Bissau e sensibilizasse os parceiros internacionais sobre as necessidades de apoiar a Guiné-Bissau neste momento crucial da vida do país", declarou Jorge Kadri.
O diplomata brasileiro, cujo país preside actualmente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, lembrou que o Brasil já vinha apoiando a Guiné-Bissau "por razões históricas", mas também no âmbito do grupo de países encarregues pela ONU de ajudar à reconstrução.
Jorge Kadri adiantou que o Brasil "reconhece passos importantes" que foram dados nos últimos meses pelas autoridades guineenses, tendo destacado o perdão da dívida pelo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, medida pacificadora, e o início do processo da reconciliação interna e da paz.
"Agora com a responsabilidade acrescida de presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil estará particularmente atento às necessidades da Guiné-Bissau e tentará sensibilizar os parceiros sobre a importância de assegurar que esses momentos positivos, esses fatores positivos continuem acontecendo e que não haja retrocesso nesses processos", indicou o diplomata brasileiro.
O embaixador sul-africano na Guiné-Bissau, Aron Mnguni, disse ter garantido ao chefe de Estado guineense "o empenho total" do seu país no sentido de fazer compreender os parceiros de que devem eleger o diálogo como forma de se ultrapassar as divergências de pontos de vista.
"Fazemos um apelo à União Europeia para dialogar com as autoridades da Guiné-Bissau e encontrar uma solução para os problemas que este país enfrenta atualmente", afirmou Aron Mnguni.
O Presidente guineense também recebeu o representante da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) na Guiné-Bissau, Hamet Sidibé.
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