quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Forças Armadas defendem que o país é um «Estado de Direito Democrático»

Bissau – O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense comunicou à União Europeia, que a «Guiné-Bissau é um Estado de Direito Democrático», onde vigora o princípio da presunção de inocência.

Reagindo à notícia sobre a decisão de congelar os bens e proibir os vistos a vários responsáveis da Guiné-Bissau, entre os quais altos oficiais das Forças Armadas, e que não foi levada a cabo, a classe castrense guineense considerou uma aberração jurídica que o «bom nome» de alguns oficiais seja referenciado pela imprensa como se houvesse uma sentença ditada.
Neste sentido, o comunicado do Estado-Maior General informou que, até esta data, o Ministério Público, enquanto detentor da acção penal, não notificou nenhum dos elementos referenciados pela União Europeia, como estando envolvido na prática de tráfico de droga na Guiné-Bissau.


Apesar da questão do tráfico de droga, as exigências dos 27 estão relacionadas com o caso do golpe militar do dia 1 de Abril do ano passado, que afastou José Zamora Induta da chefia das tropas guineenses e, consequentemente, a nomeação de Antonio Indjai e José Américo Bubo Na Tchuto para os cargos de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e Chefe do Estado-Maior da Armada, respectivamente.
«Assim sendo, pode-se conclu

ir que esta notícia urdida pela imprensa nacional e estrangeira (…) só não é perigosa por ser demasiado falsa. Não passa de uma aliança de pessoas de má fé», diz o comunicado do Estado-Maior.
Por outro lado, o Estado-Maior General, disse estar solidário com os altos oficiais das Forças Armadas e desafiou a União Europeia a divulgar os bancos e respectivos números de contas, onde se encontram os bens das chefias militares.


Para terminar, a classe castrense disse estar empenhada no processo de modernização das Forças Armadas, tendo apelado aos seus efectivos, para que estejam atentos ao que chamou de «maquiavelismo dos inimigos» da Guiné-Bissau que querem ver o país «toldado» na instabilidade e pobreza absoluta.


Sumba Nansil

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