Paris - Uma delegação oficial da Guiné-Bissau foi ontem recebida em Paris no Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, afirmou à Agência Lusa o porta-voz da Presidência da República guineense, Agnelo Regala.
A delegação chegou a Paris no final de segunda-feira. Depois da capital francesa, o périplo diplomático inclui a Alemanha e as instituições europeias em Bruxelas, após contactos em Portugal e Espanha.
"São contactos preliminares para preparar a consulta sobre a Guiné-Bissau que foi pedida pela União Europeia e que engloba sobretudo a violação de direitos humanos no país", afirmou Agnelo Regala.
A consulta sobre a Guiné-Bissau deverá acontecer em março em Bruxelas e, nessa ocasião, a delegação guineense será chefiada pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, adiantou o porta-voz da Presidência da República.
As autoridades guineenses têm-se desdobrado em contactos com os parceiros do país para defender que eventuais sanções da União Europeia neste momento poderiam ser prejudiciais para os esforços da estabilização em curso.
O primeiro-ministro guineense participa na sexta-feira na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde vai pedir a "compreensão da comunidade internacional", segundo fonte oficial em Bissau.
Carlos Gomes Júnior afirmou recentemente que não faz sentido qualquer sanção da União Europeia contra Bissau, devido aos esforços em curso para a estabilização do país e às reformas encetadas pelo governo.
A UE, ao abrigo dos acordos de Cotonou, suspendeu a cooperação com a Guiné-Bissau e adiou a imposição de mais sanções, nomeadamente o congelamento de bens de responsáveis militares, dando uma moratória de 30 dias para que o país dê sinais claros de que vai mudar no capítulo do respeito do Estado de Direito democrático.
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