Bissau - Os jovens da Guiné-Bissau estão a consumir heroína, sobretudo na capital do país, afirmou hoje (quinta-feira) Manuel Pereira, conselheiro jurídico da agência das Nações Unidas para o Combate à Droga e ao crime (ONUDC).
"Temos sentido, por exemplo no meio da prostituição, em Bissau, que há muito consumo da cocaína e de heroína. Isso é grave, porque isso leva a outros problemas, à SIDA, à toxicodependência, ao roubo, ao furto para se conseguir a dose. Enfim tudo isso é uma bola de neve", declarou Manuel Pereira em entrevista à Rádio Jovem.
O responsável da ONU deixou estas impressões ao comentar a situação do tráfico e consumo de estupefacientes na Guiné-Bissau nos últimos tempos, numa altura em que o Governo guineense, com ajuda de parceiros internacionais, iniciou o processo de criação de uma unidade de combate ao crime transnacional.
Para Manuel Pereira, os sinais apontam no sentido de que os jovens estejam a consumir heroína na Guiné-Bissau, droga que poderia estar a ser introduzida no país como forma de pagamento aos facilitadores de outros produtos ilícitos.
A ONUDC está na posse de informações que apontam para a existência de pessoas que facilitam que o território da Guiné-Bissau seja utilizado para a passagem de drogas para outras partes de mundo. Em troca, essas pessoas estariam a receber, como pagamento, drogas como a heroína, que colocam à disposição da juventude, referiu o responsável.
"A última informação que eu tenho aponta que o 'crack' (derivado da cocaína) está a ser vendido a um preço de 14 mil francos CFA por grama. É um preço barato", observou Manuel Pereira.
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