Bissau- O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou que não faz sentido qualquer sanção da União Europeia (UE) contra Bissau, devido aos esforços em curso para a estabilização do país e às reformas encetadas pelo governo.
Gomes Júnior, que falava quinta-feira aos jornalistas à sua chegada à Bissau após uma visita de trabalho de três dias ao Senegal, disse ter sido esta a tónica das conversas que manteve com os embaixadores da União Europeia residentes em Dakar.
O chefe do governo guineense deslocou-se ao Senegal para contactos com os embaixadores dos "27" acreditados na Guiné-Bissau mas com residência em Dakar para lhes explicar os perigos que uma eventual sanção poderia acarretar para o país.
"Volvidos dez meses após os acontecimentos de 01 de Abril de 2010, não faz sentido neste momento qualquer sanção (da União Europeia) contra a Guiné-Bissau. Muito esforço tem sido feito pelas autoridades deste país no sentido de estabilização", declarou Carlos Gomes Júnior.
O chefe do governo guineense disse ter saído da reunião em Dakar com a impressão de que os embaixadores da UE irão transmitir aos respectivos governos "as preocupações da Guiné-Bissau".
Gomes Júnior afirmou ainda ter dito aos seus interlocutores que não faz sentido aplicar sanções, no quadro dos acordos de Cotonou, tal como pretende a União Europeia, agora que a Guiné-Bissau cumpre os pressupostos que levaram ao perdão de parte considerável da sua divida externa.
"Foi um grande esforço do povo da Guiné-Bissau", notou Gomes Júnior.
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