Bissau, (Lusa) -- O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) afirmou que a organização compreende a pressão que a União Europeia (UE) tem feito sobre a Guiné-Bissau e defende que o país deve demonstrar empenho na resolução dos problemas.
Domingos Simões Pereira fez esta declaração à Agência Lusa na quarta-feira à noite, momentos antes de embarcar de regresso a Lisboa após uma visita de trabalho de quatro dias à Guiné-Bissau, onde se reuniu com as autoridades guineenses e com o novo embaixador da UE em Bissau, Joaquim Gonzalez Ducay.
"Falámos de vários aspetos da cooperação entre a União Europeia e o Estado-membro da CPLP, Guiné-Bissau, e naturalmente compreendemos a necessidade da continuação da assistência europeia a este país da nossa comunidade, apesar de qualquer pressão que se possa fazer", declarou Simões Pereira.
A conversa do secretário-executivo da CPLP com o embaixador dos "27" em Bissau centrou-se sobretudo nas ameaças de sanções, nomeadamente o congelamento de bens a responsáveis militares, que a UE fez à Guiné-Bissau por alegado desrespeito pelo Estado de Direito democrático.
Após a intervenção do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, os chefes da diplomacia da UE decidiram, no final de janeiro, adiar a imposição de sanções e iniciar consultas com a Guiné-Bissau.
A UE e as autoridades guineenses devem iniciar as consultas nos próximos dias para analisar a pertinência ou não das sanções que, na opinião do primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, não fazem sentido nesta altura.
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