sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Delegação governamental em digressão por seis capitais europeias

Bandeira da Guiné-Bissau

Bissau - Uma delegação do governo da Guiné-Bissau começou (quinta-feira) em Lisboa uma digressão por seis países da União Europeia (EU) com o objectivo de obter a compreensão das autoridades europeias em relação aos problemas guineenses, soube a Lusa de fonte governamental. 
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a missão, mandatada pelo Presidente Malam Bacai Sanhá, é chefiada pelo chefe da diplomacia guineense, Adelino Mano Quetá e integra o porta-voz da Presidência da República, Agenelo Regalla, e um elemento do Ministério da Defesa.


O presidente da Liga guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, também faz parte da delegação, em representação da sociedade civil do país.


A missão que já se encontra em Lisboa, deverá se deslocar a Madrid, Paris, Londres, Berlim e Bruxelas. Nas seis capitais, a missão irá tentar sensibilizar as autoridades daqueles países sobre a importância de uma compreensão para com os problemas da Guiné-Bissau.


No essencial, a missão irá reforçar a ideia já transmitida pelo presidente Bacai Sanhá nas audiências que este manteve a semana passada com os representantes de países da União Europeia sedeados em Bissau, sobre a necessidade de os "27" ajudarem as autoridades de Bissau no processo de estabilização do país.


A União Europeia instou as autoridades guineenses a iniciarem um processo de consultas para as duas partes analisarem o estado do respeito dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau.  

Para já, os "27" congelaram a cooperação económica com Bissau e suspenderam a decisão de decretar sanções contra alguns responsáveis políticos e militares do país, dando às autoridades um prazo de 30 dias para as consultas.


Uma fonte do governo disse à Lusa, entretanto, que a missão também é portadora de uma mensagem de agradecimento ao executivo português pela sua intervenção a favor da Guiné-Bissau quando os "27" estavam na iminência de decretar sanções contra figuras políticas e militares guineenses.

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