Depois de ter falhado o encontro desta quarta-feira, em São Domingos, em virtude da ausência da delegação senegalesa, as duas partes concordaram em reunir-se amanhã, sexta-feira, na capital guineense, Bissau, para discutir a actual crise na fronteira comum.
Informações apuradas pela PNN, indicam que o Senegal não se fez representar ontem por questões de segurança, alegando que São Domingos não oferecia garantias, porquanto representa zona de tensão militar.
A reunião desta sexta-feira, que vai juntar, da parte guineense, os governadores das regiões de Cacheu, Oio e Gabu, e o ministro das Pescas, Carlos Mussa Baldé, que acumula a pasta da Administração Territorial, e da parte senegalesa, os governadores de Ziguinchor e Kolda, e o titular da pasta do Interior. Espera-se que seja encontrado um consenso político, visando acalmar a tensão militar na zona em litígio.
Ainda no encontro em perspectiva, as partes devem abordar a questão ligada com as movimentações da rebelião de Casamança, que opera há décadas na região senegalesa de Ziguinchor.
O Senegal, confrontado várias vezes com os ataques dos rebeldes naquela área, tenta responsabilizar a vizinha Guiné-Bissau de albergar as bases dos combatentes pela independência de Casamança. Bissau sempre refutou estas acusações, afirmando que o Senegal deve resolver o seu problema, já que este é exclusivamente senegalês.
Lassana Cassamá |
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