Bissau - A greve geral de cinco dias convocada pelos técnicos da saúde da Guiné-Bissau foi suspensa após o compromisso do Governo em satisfazer até sexta-feira parte das reivindicações apresentadas pelo sindicato.
De acordo com o presidente do Sindicato de Técnicos da Saúde (STS) da Guiné-Bissau, Domingos Samy, a greve que devia decorrer de segunda a sexta-feira foi suspensa com as garantias do Governo de que serão pagos dois dos três meses de salários em atraso, dois meses de subsídio de trabalho nocturno e ainda um mês de gratificação ao pessoal contratado.
A greve foi suspensa mas não foi ainda levantada, declarou o presidente do Sindicato de Técnicos da Saúde, frisando ainda que poderá ser retomada automaticamente se até sexta-feira o Governo não cumprir as suas promessas.
O Sindicato está a reivindicar o pagamento de salários e subsídios em atraso, nove meses de gratificações ao pessoal contratado e a melhoria das condições de trabalho nos principais hospitais do país, nomeadamente no Simão Mendes, hospital de referência da Guiné-Bissau.
A suspensão da greve, mesmo que temporária, foi saudada pelo director-geral do hospital Simão Mendes, Agostinho Semedo.
"Ainda bem que o sindicato conseguiu compreender que quem paga com a greve são os doentes e a nossa população. É verdade que nenhum técnico deve trabalhar sem receber, mas também é verdade que nenhum guineense deve morrer ou ficar sem
atendimento médico por falta de assistência devido à greve", defendeu Semedo.
Mesmo com a suspensão da greve, o atendimento no hospital Simão Mendes, em Bissau, era fraco nas primeiras horas da manhã de hoje, quando a Lusa percorreu os serviços da pediatria, maternidade e banco de urgência.
Muitos utentes abordados pela Lusa ainda desconheciam que a greve tinha sido suspensa.
Fonte do serviço de urgência disse que vários doentes abandonaram o hospital na segunda-feira de manhã quando deram conta que não estavam a ser atendidos devido a greve dos técnicos da saúde.
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