Depois de termos anunciado o número de militares que farão parte do contingente das Forças Armadas Angolanas(FAA) e da Polícia Nacional(PN) que deve embarcar em Outubro para a Guiné Bissau para participar no processo de reforma, resultado de um acordo entre as chefias do Estado-Maiores General de Angola e da Guiné Bissau, os generais Francisco Furtado e António Indjai, respectivamente, ainda não foi proposto o nome do comandante que vai dirigir as forças no terreno.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse ao O PAÍS que o comandante para a Guiné sairá de um conjunto de três nomes que serão propostos pelo Chefe de EstadoMaior General ao Comandante-emChefe, por se tratar de uma missão que será realizada fora do país. “Estamos à espera que tudo seja autorizado superiormente e logo será conhecido quem irá chefiar efectivamente esta tarefa na Guiné” disse, reforçando que nenhum nome foi oficialmente indicado, por enquanto.
Desconfirmou informações que davam conta de que o general Jorge Sukissa foi indicado para tal, argumentando que a missão não é de guerra, mas para reformar as Forças Armadas Guineenses conforme estipula o acordo assinado entre ambas as partes(Angola e a Guiné Bissau), descartando a ida deste, tido como um dos melhores especialistas do exército e não como perito para actividades que se pretende para aquele país irmão.
Segundo a fonte, o embarque será em Outubro e ainda faltam muitos dias para se definir quem será escolhido entre os muitos especialistas de vários ramos que as FAA possuem.
Reforçou que a escolha não será difícil, por, segundo a fonte, o exército dispor de homens preparados e capazes de transmitir as suas experiências, o que poderá facilitar o cumprimento desta missão na pátria de Amílcar Cabral. “Nós temos vários homens e qualquer que for proposto e tiver o respaldo da autoridade superior, irá sem evasivas”.
“O que for indicado seguirá imediatamente sem reservas. Nós somos militares e recebemos ordem de mando.Por isso, todos estamos em prontidão para qualquer missão que nos for incumbida”, disse ainda a nossa fonte.
Em círculos castrenses diz-se que o general Francisco Furtado está a encontrar dificuldades para indicar nomes e destes sairá um consensual que poderá chefiar as FAA para mais esta missão, depois das já cumpridas em São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo(RDC) e Congo Brazzaville, em períodos distintos.
O mesmo acontece na Polícia Nacional, cujo responsável para a Guiné ainda não foi encontrado, disse fonte deste jornal. Tudo indica que a escolha esteja marcada por um secretismo absoluto para se evitar eventuais especulações na imprensa, por se tratar de assuntos meramente militares, observou. A ida das FAA e da PN foi reforçada com a visita do primeiro-ministro guineense a Angola, na semana passada, Carlos Gomes Júnior “Cadongo”.
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