Luanda – A República de Angola poderá apoiar a Guiné-Bissau nas acções de combate ao narcotráfico e a migração ilegal naquele território, anunciou hoje (sábado), em Luanda, o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas daquele país, Tenente-General António Indjai.
O desejo do alto oficial bissau-guineense foi manifestado na capital angolana, onde desembarcou na tarde de hoje, com objectivo de cumprir uma missão destinada ao reforço da cooperação bilateral, principalmente virada a reforma e renovação das forças armadas da Guiné-Bissau.
Segundo António Indjai, apesar de se dizer que existe problema de narcotráfico no seu país, a referida situação é global em muitos países de África, “pelo que não podemos afirmar taxativamente se o problema continua ou existe no território da Guiné-Bissau”, afirmou.
“E, é justamente por causa disso que nós estamos aqui e esperamos que as Forças Armadas de Angola nos possam ajudar com alguns meios para que, efectivamente, possamos controlar o nosso espaço aéreo, marítimo e terrestre, combatendo assim
o narcotráfico e também a migração clandestina”, afirmou.
Quanto ao actual Estado da situação da segurança político-militar na Guiné–Bissau, António Indjai deu a conhecer que a mesma caracteriza-se de “normal e inspira segurança e estabilidade as pessoas”.
A propósito, anunciou que o Almirante Samora Induta, detido desde Fevereiro 2010, por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas, está entregue a justiça e, neste momento, o seu processo encontra-se no Ministério Público e entregue ao tribunal.
Segundo o Tenenete-General, em visita de cinco dias a Angola, “o mesmo continua detido em instalações militares, porque o Ministério Público não garante segurança para acolher o referido oficial general, daí porque ainda se encontra nas instalações militares”, justificou.
Entretanto, garantiu que o Almirante Samora Induta encontra-se de saúde, ninguém o importuna e as vezes em quanto faz as suas actividades no ginásio, visita as suas famílias e recebe visitas regulares de médicos que vão o visitar para saber da sua saúde.
A terminar, António Indjai disse que os militares do seu país não têm qualquer decisão a tomar quanto a proposta da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que propõem a criação de uma força conjunta para ajudar na consolidação da paz naquele país africano, pois, “quem tem competência nesta matéria é o poder
político, o parlamento”, pontualizou.
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