O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, realiza uma visita oficial a Angola a partir de amanhã e até dia 13, segunda-feira, com a agenda dominada pela cooperação económica e a reforma do sector de defesa e segurança guineense.
Angola "é um país que está muito identificado com a nossa realidade, porque tem a mesma experiência. Eu penso que como irmãos poderão dar um apoio fundamental para que possamos fazer essa reforma", declarou Carlos Gomes Júnior em conferência de imprensa.
Carlos Gomes Júnior disse, a propósito da possibilidade de Angola apoiar a reforma do sector de Defesa e Segurança guineense, que o assunto é do interesse das autoridades angolanas e que recentemente José Eduardo dos Santos manifestou essa disponibilidade ao seu homólogo da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá.
"O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Angola foi portador de uma mensagem do presidente Eduardo dos Santos para o seu homólogo guineense, na qual ele demonstrou claramente a disponibilidade e a solidariedade do governo angolano em apoiar as nossas forças armadas para no sentido de conseguirmos fazer a reforma que temos no quadro da defesa e segurança", indicou Carlos Gomes Júnior.
O primeiro-ministro guineense lembrou que não será a primeira vez que Angola apoia a Guiné-Bissau no seu programa de reforma do sector da Defesa e Segurança, citando a formação dos 250 elementos da polícia de intervenção rápida em 2005.
"O projecto não avançou dada as situações conturbadas que o nosso país tem vivido. Vamos retomar as discussões e tentar ver com as autoridades angolanas qual é a melhor forma de podermos implementar esse projecto", sublinhou Carlos Gomes Júnior.
Para o primeiro-ministro guineense o facto de o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai se encontrar em visita oficial em Angola é sinal de que as duas forças armadas já estão a dialogar sobre a possibilidade de Luanda viabilizar a reforma.
"As Forças Armadas da Guiné-Bissau e as Forças Armadas de Angola tiveram quase a mesma formação no período da luta e têm as mesmas características. Se Angola conseguiu fazer a reforma da sua força de defesa e segurança porque não (ajudar a Guiné-Bissau)?", questionou Carlos Gomes Júnior.
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