O presidente Malam Bacai Sanhá disse esta quinta-feira, antes de partir para a Cimeira dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), consagrada à Guiné-Bissau, que vai pedir a solidariedade dos países membros da organização.
O chefe de estado guineense partiu sem que haja previamente uma posição consensual sobre o eventual envio de uma missão de estabilização à Guiné-Bissau, ideia que pessoalmente defende.
Depois de ter declarado que só aceitaria se fosse por mandato das Nações Unidas, o governo, na pessoa do Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior dera indicações de estar pouco interessado nessa missão de estabilização, apesar do partido no poder ter aceite o principio de seu envio a Bissau.
Dúvidas
Malam Bacai Sanhá disse que desconhece se as possibilidades do envio de uma missão de estabilização para a Guiné serão analisadas no encontro.
Adiantou que estará em análise o relatório da missão militar da CEDEAO que visitou a Guiné-Bissau após os incidentes de 1 de Abril.
"É uma cimeira extraordinária que se vai dedicar à análise do relatório do Comité Militar que visitou a Guiné recentemente. A mensagem que levo é a necessidade de continuar a solidarizar-se com a Guiné-Bissau."
"Queremos efectivamente continuar a contar com a solidariedade da África ocidental, da CPLP, da União Africana e das Nações Unidas", disse o chefe de estado guineense antes de deixar Bissau para a cimeira de chefes de estado e de governos de países da CEDEAO que se realiza esta sexta-feira em Abuja, na Nigéria.
Pessoalmente , Bacai Sanha é a favor ao envio de uma missão de estabilização a Bissau, para entre outras tarefas testemunhar o processo de reformas na defesa e segurança.
Cooperação
Após ter lançado o debate sobre essa intenção, o Conselho de Defesa Nacional, organizações da sociedade civil, a maior central sindical guineense-UNTG e varias vozes de cidadãos anónimos reagiram favoravelmente a ideia, que entretanto não encontrou eco favorável junto do governo, apesar do partido no poder ter pronunciado a favor ao principio do envio de uma missão de estabilização a Guine-Bissau.
Numa recente declaração à imprensa, o Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior deu indicações de preferir a implementação dos acordo de cooperação técnico-militar recentemente celebrados com a Angola ao envio de uma missão de estabilização à Guiné-Bissau.
Entretanto, fontes próximas da reunião referem que esta organização de 15 membros não tenciona enviar uma missão de estabilização para a Guiné-Bissau, a não ser que haja uma solicitação expressa das autoridades da Guiné-Bissau.
A CEDEAO pretende sim segundo as mesmas fontes encontrar meios para acelerar as reformas na defesa e segurança, tarefa para a qual necessita de cerca de 100 milhões de dólares.
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