O presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, afirma que a cimeira extraordinária da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) foi positiva, mas inconclusiva, porque a Guiné-Bissau ainda não pediu oficialmente uma missão de estabilização.
"Foi positiva. A cimeira extraordinária da CEDEAO ficou inconclusiva primeiro porque o relatório do comité de chefes de Estado-Maior que esteve cá reunido em Agosto devia ter sido analisado pelo comité de ministros da CEDEAO, o que não foi o caso, segundo porque a Guiné-Bissau nem sequer já pediu oficialmente a vinda de uma missão ou de uma comissão de estabilização", disse Malam Bacai Sanhá.
"Portanto não há ainda passos a dar. Recomendou-se que o conselho de ministros da CEDEAO se reúna o mais breve possível para analisar o relatório, e a Guiné-Bissau procede com a formalidade de pedir essa ajuda", afirmou o presidente guineense à imprensa momentos após ter aterrado no aeroporto internacional de Bissau.
"A Guiné-Bissau terá formalmente de apresentar um pedido da presença cá de uma missão técnica de estabilização", insistiu.
Questionado pelos jornalistas sobre quando será feito o pedido, o chefe de Estado guineense afirmou que "não sei. Não vou querer revelar a minha agenda. Saberão depois".
Malam Bacai Sanhá disse que, à margem da cimeira extraordinária da CEDEAO, reuniu-se com os seus homólogos de Cabo Verde e do Senegal, com quem discutiu as relações entre os países e a situação na Guiné-Bissau.
No comunicado final da cimeira da CEDEAO ficou decidido promover uma rápida reforma do sector de defesa e segurança do país, considerada fundamental para estabilizar a Guiné-Bissau.
A CEDEAO está a tentar obter 70 milhões de dólares (cerca de 58,3 milhões de euros) para o plano de reforma da segurança na Guiné-Bissau, prevendo-se que 45 milhões de dólares (37,5 milhões de euros) sejam destinados ao pagamento de pensões e compensações a que abandone as Forças Armadas no âmbito deste processo.
Segundo os planos da CEDEAO, pelo menos 1.500 militares dos 4.500 efectivos das Forças Armadas guineenses terão de passar à reforma até 2015, ao que se seguirá o processo de renovação das Forças Armadas.
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