Lagos, Nigéria (PANA) - O chefe do Estado nigeriano e Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Goodluck Jonathan, advertiu, sexta- feira, que os eventos na Guiné-Bissau não são um bom presságio para a sub-região oeste-africana.
Intervindo na sessão de abertura da cimeira extraordinária da CEDEAO sobre a Guiné-Bissau, em Abuja, capital federal da Nigéria, Jonathan sublinhou a necessidade de se encontrar rapidamente uma solução duradoura para este país.
"A responsabilidade oficial de resolver o problema bissau- guineense cabe-nos a todos. Serviremos o nosso interesse coletivo ao resolver este problema. Se o Presidente da Guiné- Bissau, Malam Bacai Sanha, tivesse solicitado uma força permanente com componentes da União Africana, da CEDEAO e da lusofonia, a CEDEAO "responsabilizar-se-ia completamente por esta força".
A reunião ocorre na presença dos Presidentes Pedro Pires de Cabo Verde, Malam Bacai Sanha da Guiné-Bissau e Abdoulaye Wade do Senegal.
A Libéria é representada pelo seu Vice-Presidente, Joseph Boakai, enquanto outros países enviaram seus ministros dos Negócios Estrangeiros ou embaixadores.
A cimeira deve discutir, entre outros, sobre o desdobramento eventual de tropas na Guiné-Bissau como membros duma força de estabilização neste país.
Também será explorada a possibilidade de enviar sub-oficiais e peritos para formar os soldados bissau-guineenses na proteção de figuras como o Presidente e o primeiro-ministro, entre outrosm e as principais instituições do Estado.
A Guiné-Bissau tornou-se numa placa giratória do tráfico de droga e atraversa uma crise de liderança desde Março de 2009, data em que foram assassinados o seu então Presidente da República, João Bernardo "Nino" Vieira, e o chefe do Estado- Maior do Exército, o general Tag Na Wai.
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