quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Imprensa guineense convocada para conferência sobre Paz e Desenvolvimento

encontrojornalistaspnn-editada Bissau - A imprensa guineense e representes de órgãos internacionais, foram os primeiros a serem chamados pela comissão organizadora da Conferência Nacional para a Paz e Desenvolvimento na Guiné-Bissau.

Os promotores da iniciativa, que teve o lançamento oficial no dia 19 de Agosto, querem ouvir dos jornalistas a sua visão ou opinião relativamente à efectivação da paz no país. A convocação surge na sequência da tese de que os media podem, ou não, contribuir para a paz numa sociedade, sobretudo, na Guiné-Bissau, onde a fragilidade das instituições é tão evidente que representa uma maior preocupação para as autoridades guineenses e internacionais.

No debate que animou a sessão, registaram-se opiniões, segundo as quais, a imprensa não é «responsável» pelos conflitos político-militares, que se têm registado, mas todavia pode cooperar na pacificação dos espíritos, visando a consolidação da estabilidade no país.

Foi nesta perspectiva que a PNN ouviu o presidente da sub-comissão para a Imprensa da entidade que organiza a conferência nacional, Lúcio Balencante Rodrigues, para quem, os jornalistas representam um elemento importante na estabilização e consolidação da paz na Guiné-Bissau.


Perante este contexto, que animou os trabalhos, as opiniões dos jornalistas presentes sobre aquilo que pode ser a contribuição da imprensa na garantia da paz e desenvolvimento na Guiné-Bissau foram unânimes: «a imprensa não é responsável pelos acontecimentos que têm assolado o país negativamente, mas pelo contrário são os políticos e militares os maiores protagonistas dos factos ocorridos até aqui». Todavia, os jornalistas consideram que, de facto, podem ajudar muito na pacificação dos espíritos, através de mensagens educativas e reconciliadoras.


No quadro da conferência nacional dedicada à paz e desenvolvimento que está a decorrer há duas semanas, os sectores da Defesa e Segurança, Justiça, assim como os nacionais guineenses residentes no estrangeiro visados, são alvo das sessões de debate.

Trata-se de uma iniciativa nacional com o objectivo de permitir que todos expressem as suas opiniões, permitindo que as vítimas directas ou indirectas dos acontecimentos dos últimos meses na Guiné-Bissau possam desabafar, elaborar propostas e estratégias de paz e apontar caminhos para o desenvolvimento do país.

Lassana Cassamá

(c) PNN Portuguese News Network

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