sábado, 13 de março de 2010

Sector energético e reforma da função pública foram assunto na imprensa


Bissau - Esta semana o jornal Bantaba de Nobas avançou para manchete que o «Conselho de Segurança saúda progressos do Governo guineense».

De acordo com o representante do Secretario Geral da ONU na Guiné-Bissau, o Conselho reafirmou o seu compromisso nos esforços do país para a paz e desenvolvimento, tendo incentivado a Comissão de Consolidação de Paz, a ajudar o Governo na mobilização de apoios e recursos necessários, assim como para promover o desenvolvimento sustentável.

Falando em sustentabilidade, o Bantaba de Nobas, foca o interesse de empresários espanhóis em intervir no sector energético guineense. É que, segundo o semanário, a empresa espanhola Rentabilidade Energética, está interessada em intervir na área energética da Guiné-Bissau, um facto manifestado pelo seu director-geral, depois de um encontro com Carlos Gomes Júnior, Chefe do Executivo guineense.

Enquanto isso, o jornal No Pintcha lança em manchete o acordo entre o Governo e a Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura. «Ministro das Finanças exige a classe empresarial o pagamento de impostos», é o título do semanário estatal, que recorda que esta semana o Executivo e o sector privado guineense assinaram um protocolo de acordo para o pagamento parcial de 3,5 mil milhões francos Cfa da dívida auditada pelo Governo aos empresários. Uma ocasião para o ministro da Finanças, José Mário Vaz, apelar à classe empresarial para o pagamento regular de impostos, alegando que nenhum país no mundo consegue estabilizar a sua economia sem que sejam pagos os impostos.

O mesmo No Pintcha escreve na primeira página que a UNIOGBIS apoia a emancipação da camada feminina guineense. «Primeiro-ministro promete lugares de destaque para as mulheres no Governo», é o título do semanário, aludindo às comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, efeméride marcada com o lançamento do Plano de Acção Nacional para Implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No referido plano, o Governo comprometeu-se a lutar pela igualdade de género no seu programa de governação.

Ainda no No Pintcha lê-se «Reforma na Administração Pública é irreversível», frase atribuída ao ministro da Função Pública, Fernando Gomes, para quem o processo não visa atingir ninguém em particular, mas apenas contribuir para que haja justiça na perspectiva de criar desenvolvimento harmonioso com o qual o Governo, o cidadão, o país, e todos sairão a ganhar.

Do No Pintcha para o Diário Bissau, que em grande plano salienta o futuro visual da chapa de Bissau, enquanto face da avenida principal da capital guineense, Av. Combatentes da Liberdade da Pátria, que vai ser modernizada. O jornal escreve ainda: «Reformemos o regime em vez da falsa justiça». «Um sistema judicial que permite a eternização dos processos e um sistema de produção minuciosa de injustiça. Não é uma balda ou um regabofe, como tantas vezes repetimos: isso significaria que a justiça guineense sofre de uma incompetência crónica e de uma hipocrisia assombrosa quando é chamada a actuar», refere o semanário, adiantando que «é essa a marca sofredora e falsa que o regime tem alimentado desde os primórdios da independência. Pouco se sabe sobre o bárbaro assassinato do pai da Nação, Amílcar Lopes Cabral. Depois seguiram décadas de tenebrosa e barbaridades contra as mais altas figuras do regime, onde os autores morais e materiais se encontram na impunidade total».

Lassana Cassamá

(c) PNN Portuguese News Network

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