quarta-feira, 24 de março de 2010

Oposição pede atenção especial para cabo-verdianos na Guiné-Bissau

Praia - O presidente do Movimento para Democrácia (MPD - oposição), Carlos Veiga considerou, terça-feira que a comunidade cabo-verdiana a residir na Guiné-Bissau merece uma atenção especial, devido aos vários problemas que enfrentam.

Carlos Veiga, que efectuou uma visita de três dias à Guiné-Bissau, disse que a comunidade cabo-verdiana está “razoavelmente integrada”, mas enfrenta alguns problemas, designadamente para obter a nacionalidade cabo-verdiana devido ao custo "excessivo desse processo".

O líder do maior partido da oposição entende que o Estado de Cabo Verde deve prestar apoios necessários para que as conservatórias agilizem o processo da obtenção da nacionalidade, pois os cabo-verdianos nascidos na Guiné-Bissau queixam-se da burocracia nos vários pedidos já enviados para esse feito.

Atrasos que, segundo Veiga, preocupam “bastante” boa parte da comunidade que vive em situação “muito vulnerável” e que gostaria de obter a nacionalidade cabo-verdiana.

"A comunidade cabo-verdiana residente na Guiné Bissau precisa de ajudas efectivas ", realçou, mostrando-se disposto a apoiar toda a iniciativa que o Governo tomar no sentido de resolver os problemas que afectam os seus co-cidadãos.

Adiantou que uma das medidas seria a atribuição de bolsas de estudo aos jovens que querem progredir na carreira, assim como pensões sociais aos mais carenciados.

“O Governo deve agir de forma coerente para a comunidade cabo-verdiana se integrar nos países de acolhimento”.

Quanto à questão do recenseamento na diáspora, Carlos Veiga considera que o processo está atrasado, mas, com “vontade política”, é uma questão ultrapassável. No caso concreto da Guiné Bissau, Veiga entende que deve haver uma comissão de recenseamento local e não uma brigada móvel, porque “pode pôr em causa a credibilidade do processo e da democracia”.

Apesar de desconhecer o número exacto de cabo-verdianos a residir na Guiné Bissau, Carlos Veiga disse que “são uns milhares” e ainda há muitos outros que querem obter a nacionalidade. Por isso, “temos de lhes dar o apoio que carecem”, conclui.

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