O governo da Guiné-Bissau deu hoje ao sector privado 3,5 biliões de francos CFA (4,5 milhões de euros) como parte da dívida contraída com os empresários locais entre 1974 e 1999.
O total da dívida contraída entre aquelas datas é de cerca de 18 biliões de francos CFA (27,4 milhões de euros).
O acordo para o pagamento da chamada dívida auditada foi hoje rubricado pelo ministro das Finanças guineense, José Mário Vaz, e pelo presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Agricultura (CCIA), Braima Camará.
O ministro das Finanças disse que com esse dinheiro, a ser mobilizado junto dos bancos comerciais de Bissau, o governo pretende "dar um novo fôlego" à actividade económica no país e consequentemente "ajudar o sector privado".
"Dissemos, no ano passado, que 2010 seria o ano do sector privado, depois de termos regularizado o pagamento dos salários (aos funcionários públicos) e termos liquidado a nossa dívida para com a banca comercial", afirmou Mário Vaz.
Segundo o ministro das Finanças, a partir do pagamento parcial da dívida, o sector privado do país estará em condições de participar na campanha de comercialização da castanha do caju, principal produto de exportação do país, cujo lançamento esta previsto para o diz 27 deste mês.
Para o presidente do CCIA, os empresários da Guiné-Bissau poderão a partir de agora pensar no relançamento da sua actividade "bastante afectada há vários anos" e ainda "ajudar no processo de desenvolvimento, com o pagamento dos impostos".
Braima Camará defendeu ainda que sem o pagamento, mesmo que parcial, da dívida do governo ao sector privado "seria difícil que os empresários" tomassem parte na campanha de comercialização da castanha do caju.
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