segunda-feira, 29 de março de 2010

BAO abre agência em São Domingos, na Guiné-Bissau, a 25 km do Senegal


O Banco da África Ocidental (BAO), principal instituição bancária da Guiné-Bissau, inaugurou em São Domingos uma agência que o primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, diz que irá servir sobretudo a comunidade emigrante residente no Senegal.

Situada a cerca de 120 quilómetros de Bissau, São Domingos é separada de Ziguinchor, a capital da região senegalesa de Casamança por escassos 25 quilómetros, e é considerada uma das poucas regiões em franco desenvolvimento na Guiné-Bissau.

A inauguração da agência do BAO foi motivo para regozijo do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que afirmou, em declarações à agência Lusa, que o banco irá possibilitar "o emprego de jovens no sector, vai facilitar o trabalho aos operadores económicos para estarem mais próximos do banco, agora não será preciso irem a Bissau, acima de tudo é um suporte muito importante para os emigrantes", defendeu Carlos Gomes Júnior.

"A região de Cacheu (que engloba o sector de São Domingos) é a que tem mais emigrantes na diáspora. Agora os emigrantes já podem fazer as suas transferências sem grandes riscos", acrescentou o chefe do Governo guineense.

Para Carlos Gomes Júnior a abertura da agência do BAO em São Domingos é o sinal de estabilidade do país, factor que, disse, deve ser aproveitado pelos investidores estrangeiros, nomeadamente os portugueses. "É o que prometi ao primeiro-ministro de Portugal, o engenheiro José Sócrates. Disse-lhe que a Guiné-Bissau abriu uma nova página, positiva e dinâmica, por isso convidamos os empresários e investidores portugueses para continuarem a investir na Guiné-Bissau". "Há poucos meses atrás a Galp inaugurou uma bomba de combustíveis aqui. É um sinal forte de confiança que nós, enquanto Governo, vamos continuar a apoiar e dar todas as garantias de segurança", sublinhou o primeiro-ministro guineense.

O presidente do conselho de administração do BAO, Abdool Vakil disse, por seu lado, que o seu banco acredita na Guiné-Bissau ao ponto de ter já quatro agências em funcionamento no interior do país. "São Domingos tem o valor estratégico por estar perto do Senegal, tem muitas potencialidades, mas devo dizer que as quatro agências do interior foram escolhidas selectivamente, cada uma tem a sua importância estratégica", precisou Abdool Vakil.

O presidente do conselho de administração do BAO afirmou que, contrariamente à ideia às vezes transmitida de que a Guiné é instável, todos os accionistas do banco acreditam no futuro da Guiné-Bissau e estão a tentar trazer mais investimentos. "Acredito desde o primeiro dia e a Geocapital também acredita. Vou tentar trazer investidores para cá e a Geocapital, a partir da China, também vai fazer o mesmo".

Até 2007 o Montepio Geral era o accionista maioritário no BAO, mas com a sua saída do grupo, a holding Geocapital passou a ser principal accionista do banco, com 44%.

São também accionistas do BAO o banco português Efisa, a Companhia Europeia de Participações (CEP), a Iberinvest, a Romaila e accionistas particulares guineenses.

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