quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Kumba Ialá promete justiça, paz e estabilidade no manifesto de candidatura

Bissau - O presidente do Partido da Renovação Social (PRS), maior partido da oposição na Guiné-Bissau, apresentou  (terça-feira) a candidatura a Presidente da República, prometendo ser o guardião da Constituição, promover a justiça, a paz e a estabilidade, noticia a LUSA.
Kumba Ialá juntou muitas centenas de apoiantes à porta do Supremo Tribunal de Justiça, em Bissau, e leu o manifesto da sua candidatura, um extenso documento no qual faz referência a todas as áreas, da saúde à justiça, ao ambiente, à economia ou à educação. 

"Candidato-me a Presidente da República por considerar que o meu país atravessa uma crise cada vez mais insustentável, de mais de três décadas, e por ter a consciência de que posso e tenho o dever de dar o meu melhor para ajudar a ultrapassá-la", sustentou.

Iála sustentou ser patriota e decidiu candidatar-se no momento difícil que o país atravessa, porque tem uma ideia para a Guiné-Bissau, disse o líder do PRS (Partido da Renovação Social). 

Kumba Ialá foi presidente da Guiné-Bissau entre 2000 e 2003, quando foi deposto por um golpe militar em 14 de Setembro. 

Hoje, como candidato presidencial Kumba Ialá prometeu, caso seja eleito nas presidenciais marcadas para 18 de Março, exercer as funções com "total independência e no respeito escrupuloso pela Constituição", sem interferir nos poderes executivo e legislativo.  

"Não interferirei nem dificultarei a vida do governo, qualquer que seja, mas não serei indiferente perante eventual desgoverno ou degradação das condições de vida dos cidadãos", disse. 

Afirmando que a sua é uma candidatura "de inclusão, de unidade, de esperança e de cooperação entre todos", Kumba Ialá propôs a realização de seis desígnios "fundamentais para um Estado mais justo e desenvolvido", como o de "lutar contra a falta de esperança" e "garantir a transparência na política e dar força ao combate a todos os tipos de criminalidade", nomeadamente o narcotráfico.

Também a reforma do Estado, tornando-o mais moderno, eficaz e transparente e reduzindo o número de deputados; a aposta na competitividade; delinear um desenvolvimento sustentado; e promover a cidadania, incentivando a igualdade de direitos entre homens e mulheres, foram propostas de Kumba Ialá.
Na véspera do fim do prazo para a entrega de candidaturas a Presidente junto do Supremo Tribunal de Justiça, Kumba Ialá foi hoje um dos quatro candidatos a fazê-lo. Pela instituição passaram antes três outros candidatos.

Afonso Té, do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID), juntou algumas dezenas de apoiantes à porta do Supremo, e garantiu que a maior parte dos militantes do partido o apoiam, apesar de a direção do PRID não o reconhecer.
Depois foi o empresário Vicente Fernandes a entregar as cinco mil assinaturas necessárias para a candidatura, e minutos antes de Kumba Ialá foi também Luís Nancassa, presidente do Sindicato Nacional dos Professores, a candidatar-se formalmente a Presidente da República. 

Até quarta-feira deverão ser entregues no Supremo Tribunal de Justiça mais de uma dezena de candidaturas a Presidente da República.

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