Bissau - Catorze personalidades, dos quais o antigo Primeiro-ministro Carlos Gomes e o ex-presidente Kumba Yala, apresentaram ao Tribunal supremo da Guiné-Bissau as suas candidaturas para as eleições presidenciais de 18 de Março, anunciou quinta-feira uma fonte judicial à AFP em Bissau.
O Tribunal supremo se pronunciará sobre a validade das candidaturas recebidas a 20 de Fevereiro, e os envolvidos terão um prazo de 48 horas para apresentar um recurso contra a sua decisão, indicou sob anonimato esta fonte membro da instituição.
Segundo a fonte, além de Carlos Gomes, do Partido africano para a independência da Guiné-Bissau e de Cabo-Verde (no poder) e de Kumba Yala, do Partido da Renovação Social (PRS, oposição), o ex-presidente da transição Henrique Rosa, independente, faz parte dos candidatos que depositaram os seus dossiers até o final, quarta-feira, do prazo previsto.
Gomes foi Primeiro-ministro até a semana passada. A 10 de Fevereiro, a ministra da Comunicação e porta-voz do governo, Adiato Djalo Nandigna, foi designada Primeira-ministra interina até as presidenciais, cumulativamente com as suas outras funções.
Dois outros responsáveis do PAIGC concorrem como independentes: Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional e Baciro Dia, ministro da Defesa, bem como um militar na reserve, o coronel Alfonso Té, apoiado pelo Partido republicano para a independência e o desenvolvimento (Prid, oposição, formação do antigo Primeiro-ministro Aristides Gomes).
Os outros candidatos são responsáveis de partidos sem grande audiência.
Serifo Nhamadjo dirige provisoriamente a Assembleia Nacional, o seu presidente Raimundo Pereira tendo sido designado chefe
de Estado interino na sequência da morte, a 09 de Janeiro, do presidente Malam Bacai Sanha.
Na semana passada, Nhamadjo havia afirmado à imprensa ter suspendido as suas actividades no seio do PAIGC "até à data
da proclamação do escrutínio presidencial", que indicará o herdeiro de Malam Bacai Sanha.
Quarta-feira, o ex-presidente Kumba Yala declarou-se já seguro da sua vitória no escrutínio.
"A minha candidatura é baseada na justiça e na democracia. Eu serei o futuro presidente, garante da paz, da estabilidade e da
democracia", declarou à imprensa após ter apresentado o seu dossier ao Tribunal supremo.
A campanha eleitoral está prevista no período compreendido de 02 a 16 de Março.
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