quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

António Indjai assume ter ordenado militares a intervirem contra PIR

Bissau – O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, assumiu, segunda-feira, 20 de Fevereiro, ter dado ordens para os militares intervirem contra os elementos da Policia de
Intervenção Rápida (PIR).

O incidente deu-se quando os elementos da PIR intervinham no sentido de repor a ordem numa manifestação de um grupo de pessoas que protestavam contra a impossibilidade de participação no processo de votação das Presidenciais antecipadas de 18 de Março.


À saída do encontro que manteve com Presidente da República na sequência deste acontecimento, António Indjai desvalorizou o assunto, considerando-o como um incidente e tendo negado os acontecimentos.


«Foi o Estado-maior quem mandou tropas intervirem porque ouvimos tiros, mas não espancámos ninguém», declarou o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas.


Confrontado com as imagens gravadas por jornalistas durante a manifestação, António Indjai negou que alguém tenha sido alvo de espancamento em frente à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Fernando Gomes, ministro do Interior, que também esteve na reunião com Chefe de Estado, Raimundo Pereira, disse que a sua instituição não foi informada da referida marcha e que o Ministério do Interior foi surpreendido com estes protestos que culminaram em confrontos.


Desejado Lima da Costa confirmou que houve a tentativa de vandalização da sede da CNE, na Avenida 3 de Agosto, o que obrigou à intervenção das forças da ordem e reafirmou que as Eleições vão ser mesmo realizadas na data marcada.


Neste sentido, Desejado Lima da Costa lembrou que a data de 18 de Março não era exequível mas que, no entanto, foi forçada pelos representantes dos partidos políticos.


No total, foram 11 os elementos da PIR as vítimas de espancamento por parte dos militares de António Indjai.


Depois da reunião com Raimundo Pereira, Fernando Gomes visitou a Brigada da PIR, onde constou um ambiente de revolta entre os efectivos sobre as repetidas cenas de violências entre militares e os oficiais.

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