domingo, 26 de maio de 2013

Vacinação contra poliomielite na Guiné-Bissau durante quatro dias

Bissau, (Lusa) - A Guiné-Bissau iniciou Sexta Feira 24 uma campanha de vacinação contra a poliomielite, apesar de ter sido considerada livre da doença, a que se junta a administração de vitamina A e um comprimido para desparasitação.

De  Sexta feira 24 até segunda-feira 27, quase 500 equipas vão estar em todo o país a vacinar as crianças até aos cinco anos, tendo-se hoje, no lançamento da iniciativa, multiplicado os apelos à participação das pessoas.

A campanha decorre simultaneamente em todos os países da região e, embora a maior parte deles esteja livres de poliomielite, ainda subsistem casos na sub-região, como na Nigéria.

Na cerimónia de lançamento da iniciativa, o representante da UNICEF na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan, lembrou exatamente que na região da África Ocidental os casos de poliomielite passaram de 823 em 2008 para 43 em 2010, mas recordou que há três países no mundo com poliomielite e um deles é a vizinha Nigéria.

"Enquanto o vírus circula no mundo e na nossa sub-região devemos continuar vigilantes", disse, apelando à população para que adira à iniciativa, que é gratuita e que tem ainda um complemento de vitamina A e desparasitação.

No mundo, disse, entre 140 a 250 milhões de crianças com menos de cinco anos têm deficiência de vitamina A, que potencia os casos de morte, de cegueira e de doenças como sarampo e diarreia, responsáveis por muitos óbitos na Guiné-Bissau.

O representante da Plan (uma organização internacional de apoio à infância) na Guiné-Bissau, Saliou Ndaw, lembrou que ainda em 2010 as taxas de mortalidade infantil estavam acima de 100 crianças por cada mil nascimentos e que a cobertura em termos de vacinação também era "limitada".

Com a campanha que hoje começou pretende-se vacinar, só na região de Bissau, mais de 75 mil crianças, sendo a vitamina A administrada a mais de 67 mil e o comprimido de desparasitação a cerca de 58 mil.

Abubacar Sultan garantiu o apoio e a colaboração da UNICEF e pediu às equipas envolvidas para que "reforcem a sensibilização" (para a necessidade de vacinação) junto das famílias de todo o país, até às tabancas (aldeias) mais isoladas.

Além de gratuita, a vacina é segura e não há riscos para as crianças, mesmo que doentes ou com deficiência ou má nutrição, salientou.

FP // MLL

Lusa/fim

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