São Domingos - A Guiné-Bissau lançou uma mediação para obter a libertação de 12 sapadores sequestrados a 03 de Maio em Casamança, no sul do Senegal vizinho, segundo a AFP e fontes guineenses concordantes.
Os 12 reféns - três mulheres e nove homens – mantiveram quarta-feira um encontro com uma delegação de mediadores da Guiné-Bissau em Cassolol, cerca de 30 km de São Domingos, a última cidade antes da fronteira senegalesa, constatou a AFP.
Os sapadores pareciam estar de boa saúde apesar do cansaço. "Estamos a ser bem tratados pelos sequestradores", disse um deles na presença de César Atoute Badiate, chefe da facção militar do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), que detém os 12 sapadores raptados na noite de 03 de Maio, na aldeia de Kaïlou, em território senegalês.
"As primeiras horas da nossa +detenção+ foram apavorantes. Estávamos todos com medo e receávamos que os rebeldes fossem nos executar. Mas o chefe do grupo que nos sequestrou garantiu-nos que não iam nos fazer nada. Ele disse que corríamos grandes riscos ao chegar perto da base deles", relatou.
César Atoute Badiate, 10 dos seus homens e os reféns eram provenientes do campo de base da facção do MFDC em território senegalês, a cerca de 5 km de Cassolol, onde se encontram desde 06 de Maio uma dezena de oficiais superiores guineenses liderados pelo responsável das relações exteriores do exército, o general Joazinho Yala, e o chefe de uma ONG guineense envolvida nas discussões.
"César (Atoute Badiate) prometeu libertar todos os reféns sob a condição de que as autoridades senegalesas se comprometam por escrito a respeitar" um acordo assinado a 20 de Março, em São Domingos, com o Estado senegalês, explicou à AFP o responsável da ONG guineense, Yuri Na Fantchamna.
Segundo um oficial superior guineense, o referido acordo estipula: "As operações de desminagem serão realizadas conjuntamente pelas duas partes (governo e rebelião), cada um nas suas respectivas zonas de ocupação".
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